
No dia 24 de novembro, pelas 8h 30min, o Movimento Cívico em Defesa dos Interesses dos Consumidores das Águas de Gondomar tomou a iniciativa de entregar tanto na Câmara, como na sede das Águas uma carta aberta e mais de 6000 assinaturas de gondomarenses recolhidas em julho nas petições online e presenciais.
O intuito do Movimento com esta ação era obter respostas por parte da administração da empresa, bem como do executivo camarário que na reunião realizada com as entidades não foram respondidas.
No local a abordagem não foi a desejada por este grupo de pessoas dado que, segundo os mesmos, na sede das Águas de Gondomar foram recebidos pela Empregada de limpeza que no qual prometeu que iria fazer chegar o documento à administração. Já na Autarquia o Movimento revela ter sido “surpreendido pela recusa tanto da parte do Segurança, como da rececionista em receber o dito envelope, mesmo após várias chamadas feitas para os seus superiores” , o envelope acabou por ficar em cima do balcão ao cuidado de Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, “esperando que este mereça a sua atenção”, conclui o porta voz do Movimento.
O Movimento Cívico em Defesa dos Interesses dos Consumidores das Águas de Gondomar faz questão de relembrar que “no passado mês de julho foi-nos prometido que voltaríamos a reunir em setembro e que, entretanto, iam pensar numa solução para atenuar este problema. O que nos deixa com a sensação de que o atual executivo prefere “empurrar com a barriga” em vez de procurar uma solução”, o Movimento Cívico garante ao VivaCidade que pretende relembrar que está “vivo” e que continuará a reivindicar até ter uma solução.
Contactado pelo VivaCidade, o Presidente da Câmara Marco Martins esclarece que não tinha conhecimento prévio de que o Movimento iria dirigir-se à Câmara Municipal para entregar o envelope. O autarca refere que “o que o Movimento decidiu fazer com meia dúzia de pessoas foi uma surpresa com a imprensa”, o edil acrescenta ainda que quando soube do sucedido “liguei ao Vereador do Ambiente, José Fernando que estava a caminho da LIPOR e mudou a sua rota de propósito para ir ter à Câmara, quando lá chegou por volta das 9h 35 min para recebê-los, eles já tinham ido embora. Portanto, o que eles quiseram fazer foi só um número para a Comunicação Social. Não houve nenhum contacto prévio, nem houve nenhuma falta de compromisso para com eles”.
O Autarca acrescenta ainda que: “Quando nós nos reunimos com o Movimento este alegou um conjunto de situações, de consumos elevados, de faturas com valores diferentes, de problemas relacionados com os contadores e ficaram de nos enviar suporte documental que alegadamente tinham para depois reunirmos com as Águas de Gondomar, e pediram-nos também o envio do contrato de conceção, contrato esse já enviado pela Câmara, mas até hoje, nunca recebemos nada por parte do Movimento. Por isso, o Município ainda continua à espera dos tais documentos e das transgressões que o Movimento alega ter e que nunca, até hoje, nos fizeram chegar”.
Quanto à empresa Águas de Gondomar foi-nos comunicado que: “Confirmamos a receção do referido documento. Quanto a não terem sido recebidos, é estranho que tal seja referido porque não havia qualquer agendamento e, à hora em que ocorreu, perto das 8h30, o secretariado ainda não está a funcionar. Acresce que quando tocaram à campainha e foram atendidos pela colaboradora que estava a prestar o serviço de limpeza, limitaram-se a dizer que pretendiam entregar um documento, o qual foi recebido e imediatamente entregue ao diretor Administrativo e Financeiro que se encontrava na empresa. Quanto à carta apresentada esta reproduz as mesmas questões que nos foram colocadas na reunião presencial que mantivemos com os membros do Movimento e às quais tivemos oportunidade de responder. Entendemos que o Movimento está esclarecido já que não indicou qualquer endereço para receber uma eventual resposta. E, no que concerne ao contrato de concessão este tem previsto um mecanismo para a atualização anual dos preços que depende apenas da evolução de determinados índices estatísticos. Ainda assim, estamos em conversações com a Câmara Municipal de Gondomar”. ▪