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Leonor Sofia é campeã mundial de danças de salão

Leonor Sofia, com oito anos de idade, foi campeã de danças de salão. Uma menina cheia de talentos que desde muito cedo soube que era a dança que a completava. Estivemos à conversa com esta jovem promissora e a sua mãe Marisa Sofia.

Como começou este percurso nas danças de salão?
Marisa Sofia: No pré-escolar os meninos têm aulas de dança, e fazem espetáculos de dança no Natal, houve um dia que a professora da Leonor falou connosco porque ela tinha muito talento. Começamos a experimentar hip hop nas coletividades, e ainda andou dois meses, só que percebeu que não queria aquilo. Experimentou ballet e não gostou e disse que queria aprender danças de salão. Na altura até achei que ela não sabia o que isso era (risos). E procuramos escolas. Começou na Ritmos Dance Studios com o Vadim Patapov e com a Marta Lopes. Viram logo que ela tinha potencial para ir para a competição. 

De onde surgiu este gosto pela dança?
MS: Acho que já nasceu com a Leonor, não temos ninguém na família que tenha esta vertente. 

Como concilia a escola com a dança?
MS: Os treinos são sempre depois das aulas. Ao início tinha treinos às 18h00 ou às 19h00 e com um bebé tínhamos de gerir. Queria muito e tentamos organizar de forma que vá. Tem uma carga horária muito grande. Nunca a consegui colocar nas atividades extracurriculares, porque ela treina todos os dias, pelo menos 1h30. O que vejo é que, normalmente, quando as crianças têm estas atividades extracurriculares depois são mais disciplinados. Ela teve três anos na Ritmo Dance Studio e agora está a ter aulas com os Gémeos moreira, que é em Vilar do Paraíso. Além das aulas ainda concilia com os campeonatos tanto a nível nacional como internacional. Na primeira competição dela, foi com crianças mais velhas e ficou em segundo lugar. Nunca pensamos que ela tivesse tanto potencial. 

Os campeonatos têm algum custo para o atleta? 
MS: Normalmente somos nós (pais) que pagamos tudo. Claro que gostávamos de arranjar patrocínios porque é muito dispendioso. Agora ainda gastamos mais dinheiro porque inicialmente pagávamos a mensalidade da escola e as particulares se quiséssemos, agora com os gémeos é diferente eles tinham uma escola e fecharam. As aulas são todas privadas são duas vezes por semana. Ainda tem rondas (dançar com outras pessoas como se fosse uma competição) e pago uma mensalidade por isso. Há competições que gostávamos de ir e não vamos porque não temos orçamento para isso. Num campeonato do mundo, são cerca de 300 a 400 euros só a inscrição, além dos voos, alojamento, etc. Ainda tenho de pagar para vê-la competir.  É uma modalidade cara. Os sapatos no mínimo são 100 euros, as roupas, que são diferentes nos campeonatos, a maquilhagem e o cabelo. É preciso muita disponibilidade horária e disponibilidade financeira. 

A que competições é que foi? 
MS: A Leonor foi a uma competição internacional, à WDC – World Dance Company – e ficou em primeiro lugar. Ela dançou com meninos que dançam na Blackpool (o mais alto nível de danças de salão, é em Inglaterra) e ela ganhou. Os professores agora querem que vá à Blackpool porque como já os venceu terá capacidade de o fazer de novo. Queremos ir, mas é uma questão de vermos se há disponibilidade financeira. Agora queremos ir a uma competição na Eslovénia que tem um custo estimado de 1500 euros e andamos à procura de patrocínios, para nos ajudar a concretizar os sonhos da nossa filha. Vamos ter algum apoio da Junta de Freguesia, caso tenhamos competições externas. Mas precisamos de mais, porque senão não conseguimos suportar os custos. Este ano subiu de categoria e vai começar a competir em intermédios, mas sempre com meninas mais velhas que ela. 
Se alguém patrocinar e ajudar eram bem-vindos e ficávamos muito agradecidos e felizes. É uma pena que o governo não olhe para estas modalidades. Somos mais valorizados lá fora do que cá. 

Como se sentiu a ganhar aos melhores?
Leonor Sofia: Senti-me muito feliz é como se conquistasse um sonho. Na última ronda estava doente e competi com 39,8 de febre. 

Quais são os objetivos futuros?
LS: Quero tirar um curso, continuar a dançar nos tempos livres e ir a competições na mesma. 

MS: Agora a Leonor anda a procura de par, porque ela e o par separaram-se, e tem sido difícil porque tem oito anos, mas está avançada para a idade.  É muito difícil porque o menino convém ter muita experiência e, normalmente, começam nesta idade e ela já começou com cinco anos. Mas isso não seria problema porque tudo se aprende. 

Há algum agradecimento que queira fazer? 
LS: À minha família. 

 

 

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