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Lenda de Rio Tinto comemorou 1100 anos

A Freguesia de Rio Tinto é rica em história e, em 2020 comemorou 1100 anos da sua lenda. Estivemos à conversa com Nuno Fonseca, Presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto e o historiador, Joel Cleto, que contaram-nos os pormenores desta lenda milenar. Em breve, é intenção de ambos, formarem uma parceria e lançarem um livro sobre a lenda da Freguesia.

De geração em geração, as lendas são histórias eternas que nunca estão fora de moda. Ouvimo-las desde crianças e no meio de tanta fantasia questionamos muitas vezes a sua veracidade. Mas as lendas não são apenas histórias imaginárias. Todas elas têm em si, um facto histórico real e a lenda de Rio Tinto não é exceção. O que muitos desconhecem é que há toda uma “saga” de lendas até chegarmos aquela que comemoramos hoje. Estamos no ano 920, assistia-se a uma ‘renhida’ batalha territorial entre Mouros e Cristãos, protagonizada por duas personagens reais, Hermenegildo Gutierres, Conde de Portucale, do lado dos Cristãos, e Califa Abd al Raham II, do lado dos Mouros. Neste século os Cristãos haviam conquistado parte do território se ocupada pelos Cristãos. Perante o evoluir desfavorável da situação, decidem enviar um pedido de so- corro ao Rei das Astúrias, sogro de Gutierres.

Os Cristãos estavam prestes a desistir, massacrados pela fome e sede, quando chegou, para os socorrer, o exército enviado das Astúrias. Uniram-se todos contra os mouros. O confronto acaba por acontecer num vale, em que saem vitoriosos os Cristãos. Algo milagroso, dado que estavam em minoria em relação aos Mouros. A história explica-nos que foi tudo graças a uma imagem de Nossa Senhora da Campanhã, que se encontrava no preciso local deste confronto. E foi deste confronto que surgiu o nome Campanhã.

A batalha continuou e o “confronto final, de longas horas e com muitas baixas de ambos os lados”, deu-se perto de um rio, que acabou preenchido pelos “corpos ensanguentados”. Nos dias seguintes correu tinto de sangue proveniente dos corpos dos Cristãos e Muçulmanos que ali se defrontaram, tal como nos contou o historiador Joel Cleto. E, foi por este rio ter corrido com sangue, em vez de água, que a freguesia foi baptizada de Rio Tinto. Este confronto, responsável pelo nome de Rio Tinto, comemora agora 1100 anos. Para comemorar esta data importante, o Presidente Nuno Fonseca, tinha planeado algumas atividade, que acabaram por ficar suspensas devido à pandemia.

Estas comemorações passavam pela “recriação da lenda por uma equipa de teatro em todas as escolas e a edição de um livro assinado pelo historiador Joel Cleto, um livro infantil para todas as crianças”. Assim como, a construção de um monumento, em parceria com a Câmara de Gondomar, “ligado a esta luta entre Cristãos e Muçulmanos”, que simbolizasse a lenda, afirmou Nuno Fonseca.

A Medieval de Rio Tinto é uma das maiores apostas desta freguesia, no entanto poderá não se vir a realizar pela questão pandémica e pela falta de “empresas de animação, que faliram”.

Outra forma que a Junta arranjou para comemorar o aniversário da lenda, foi a criação de uma imagem alusiva a estes 1100 anos, que se encontra espalhada pelos outdoors da cidade.

A Junta quer prosseguir com estes projetos nos anos de 2021 e 2022, ou então se for necessário, diz Nuno Fonseca que irá ser comemorado em 2022 ou 2023, “não interessa”. O que interessa para o edil é que as comemorações aconteçam e que a história seja eternizada, porque Rio Tinto irá lutar por elas, tal como os Cristãos e os Muçulmanos há 1100 anos. ▪


O novo logótipo da Junta de Freguesia de Rio Tinto liga-nos principalmente à nossa história como riotintenses e àdenominação do nome da terra, Rio Tinto.

No longínquo ano de 920 ocorreu em Rio Tinto uma batalha entre o Rei Cristão Ordonho II (913-924) e o Califa Mouro Abd al Raham III (912-961) que, segundo a memória do povo, foi travada nas margens de um límpido ribeiro que de tão sangrenta terá tingido de sangue as cristalinas águas.

O povoado passou, então, a denominar-se Rio Tinto.
O novo logótipo simboliza a nossa história como povo, entrecruzando duas espadas, uma cristã e uma árabe, num rio de cor tinto. As suas espadas entrecruzadas formam um coração que, por um lado nos transporta para a lenda, segundo a qual terá existido um amor entre o filho do Califa e uma donzela cristã, e por outro simboliza o afeto dos riotintenses pela sua terra. Por baixo está escrita a denominação de “Freguesia Rio Tinto”, englobando toda a área territorial, dando umaabrangência global ao logótipo e do slogan “Somos Todos Nós”, destacan- do a maior riqueza da freguesia, os seus cidadãos.

Rio Tinto, como uma das maiores freguesias do País, não sendo dotada de grandes recursos naturais que a distingam, valoriza-se pela riqueza da sua comunidade, nas mais diversas áreas, das quais se podem destacar as suas associações, a comunidade escolar, o tecido empresarial entre muitas outras áreas sociais.

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