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José Pereira: “Para este ano, o que ambicionamos é o regresso ao primeiro escalão do ténis de mesa nacional"

José Manuel Pereira é um dos fundadores e é o presidente desta casa há 35 anos, passados tantos anos de história, expressa o orgulho que sente por toda a trajetória de mérito desta associação situada em Valbom- o Ginásio Clube de Valbom.

[caption id="attachment_24636" align="aligncenter" width="393"] José Manuel Pereira[/caption]

Para quem não conhece a vossa associação, conte-nos um pouco do vosso percurso...

Esta associação nasceu de um grupo de amigos, sendo que todos eles estavam ligados de alguma forma ao ténis de mesa e tinham integrado diversos clubes. Juntamo-nos e decidimos criar um clube de raiz dedicado, exclusivamente, a esta modalidade. Ainda hoje é assim. Começamos nas divisões distritais, mas logo no início tivemos um crescimento muito rápido e feliz, porque no espaço de quatro ou cinco anos, chegamos à primeira divisão nacional. Como é óbvio, não começamos logo nestas instalações, começamos numa sala pequenina, junto ao Bairro da Giesta, de- pois, mediante o nosso crescimento, essas instalações ficaram muito pequenas e passamos para onde estamos hoje. Na altura, este terreno foi-nos cedido pelo município e nós construímos estas instalações que tinham mais condições.

Hoje em dia, conta com quantos atletas?

Temos aproximadamente 50 atletas. Neste momento, tal como no futebol, temos três equipas seniores a jogar. A equipa A encontra-se na liga de honra, a equipa B, na segunda divisão nacional e a equipa C, na primeira distrital.

Este ano, estão a comemorar uma data especial, os vossos 35 anos, como é que estão a pensar realizar esta comemoração?

Ainda não tivemos a oportunidade de comemorar este dia, porque a cerimónia de comemoração está dependente de uma serie de situações que precisamos resolver. Estamos a tentar lançar um livro que contará a história de vida deste clube. Tem surgido algumas complicações pelo meio, mas iremos resolver. Daí que, tínhamos estipulado uma data interna que apontava para o dia 22 deste mês, mas já não vai ser possível. Porque aliado a este fator, temos ainda provas em curso. Ao fim de semana é quando acontece os jogos.

Falando do vosso percurso, quando olha para trás, qual é o ano que mais lhe enche o coração?

São vários. Mas diria que foi o ano que chegamos à primeira divisão nacional de seniores. Um ano muito marcante foi nos anos 90, em que conseguimos ter as duas equipas (masculina e feminina) na primeira divisão nacional. Na altura, éramos o único clube em Portugal que tinha as duas equipas neste patamar. Depois, temos algumas participações internacionais que nos orgulha, como por exemplo a nossa participação na Liga Europa. Como também, alguns êxitos alcançados pelos nossos atletas, em termos internacionais... tivemos por exemplo, uma campeã ibero-americana que ganhou ainda os jogos mundiais da juventude, em Caracas.

[caption id="attachment_24634" align="aligncenter" width="300"] Ginásio Clube de Valbom[/caption]

Podem dar-se ao luxo de dizer que tem uma trajetória e um espólio cheio de história...

Sim, sim... temos mais de 1000 troféus.

Quando olha para esta casa, com 35 anos e ainda repleta de pessoas, como é que se sente?

O sentimento é de uma aposta ganha. Absolutamente ganha e há um determinado período na vida deste clube, em que considero que o crescimento foi muito rápido. Na altura fui alertando para o facto de determinados crescimentos muito rápidos têm os seus riscos. Este não correu mal, mas houve alturas em que as coisas estiveram menos bem. Este clube já teve problemas com as obras, financeiros, mas sempre contamos com ajudas. Ajudas essas da Câmara, da Junta e do governo, o que para nós foi sempre importante, porque sem isso, era impossível. Nós sempre achamos que temos direito a mais, mas eles acham que nos dão muito. É como tudo. Mas sempre defendi junto do pelouro do desporto o seguinte, eu sou a favor da discriminação positiva, porque quem tem trabalho, quem tem provas e quem apresenta resultados tem direito a mais, do que os outros onde se juntam 20 velhotes a beber umas cervejas e a jogar umas cartas. Aqui há trabalho. De modo em que houve determinados períodos da nossa vida, em que uma ajudazinha maior, tinha permitido este clube ter-se mantido no topo do ténis de mesa nacional. A Federação Portuguesa tem uma classificação para fins estatísticos onde, todos os anos, determina os cinco melhores clubes nacionais e nós temos estado por diversas vezes nessas posições, e nunca em 4º ou 5º, sempre em 2º ou 3º. Portanto, temos realmente elevado o nome de Gondomar.

Como é que está a decorrer esta época?

Em termos desportivos, esta é uma época muito decisiva para nós, porque apostamos na subida à primeira divisão. Contratamos até um jogador estrangeiro. Foi até por uma ‘’unha negra’’ que nós não temos uma atleta no campeonato do mundo, que é a Raquel. Ela ficou em segundo lugar no ranking nacional. Ou seja, temos muito potencial nesta casa.

O que é que distingue o vosso clube dos outros?

Diria que é o ambiente familiar. Hoje, jogam aqui filhos(as) de antigos atletas. Tanto que é por isso, que queremos publicar o nosso livro. Entre outras particularidades, nós queremos colocar um apanhado das relações familiares dos nossos atletas.

Como é que descreveria esta casa?

O nosso lema descreve da melhor forma: “Querer é poder”. Apesar de não ter sido eu o autor da frase, considero que a pessoa que pensou nele foi muito feliz ao dizê-la, porque nós nos seguimos sempre por essa premissa. Nós traçávamos os nossos objetivos e íamos atrás deles.

Para quem quiser treinar com vocês, o que é que precisa?

Nós não temos condições nenhumas, o único que pedimos é que tenham umas sapatilhas nos pés (risos). Não temos idades mínimas, temos meninos com 4\5 anos, como também não temos idades máximas. O que importa é ter vontade de praticar a modalidade.

O que é que espera para o futuro, para os próximos 35 anos?

Espero que a associação persista, porque é sempre uma dificuldade grande. Às vezes, costumo dizer que precisávamos de um jogador ou dois, mas o que precisávamos era de um dirigente (risos)... eu troco três jogadores, por um bom dirigente (risos), porque isso é muito importante. De resto, vamos arranjando, vamos andando e lutando. Para este ano, o que ambicionamos é o regresso ao primeiro escalão do ténis de mesa nacional, porque tem outro impacto. ■

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