Recentemente eleita para o Parlamento Europeu, a gondomarense Isabel Santos decidiu, no passado dia 13 de julho, realizar uma visita informal às instalações da “Villa Urbana” de Valbom, unidade da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (APPC).

“É uma unidade que bem conheço e com um relevante trabalho no apoio às pessoas com paralisia cerebral”, por isso a escolha para uma curta reunião de trabalho onde ficou a conhecer os anseios da instituição de Valbom e o novo projeto de Voto Acessível que a Federação das Associações Portuguesas de Paralisia Cerebral pretende ver implementado.
“Desde sempre acompanhei a atividade da APPC e, também por ser de Gondomar, tenho uma especial atenção em relação a esta instituição”, disse Isabel Santos. “Mais que ‘identificar’ a ‘Villa Urbana’ de Valbom como uma estrutura pertencente a Gondomar, temos que reconhecer que se trata de um projeto de âmbito muito mais abrangente e que, por tal, merece toda a atenção e apoio”, frisou a recentemente eleita deputada do Parlamento Europeu.
Aproveitando um encontro casual, a Direção da Federação das Associações Portuguesas e Paralisia Cerebral (FAPPC) – que nesse dia se encontrava em reunião de trabalho nas instalações de Gondomar da APPC – sensibilizou a eurodeputada para questões que, a curto prazo, se assumem como de relevante importância.
O Voto Acessível, o funcionamento e financiamento de instituições como a FAPPC e similares, assim como as políticas nacionais e europeias de integração das pessoas com deficiência(s) foram alguns dos temas abordados.
Abílio Cunha, presidente da Direção da Associação do Porto de Paralisia Cerebral (e também responsável pela Federação das Associações Portuguesas e Paralisia Cerebral), destacou durante a visita que “é nosso propósito, de forma constante e cada vez mais empenhada, potenciar todas as parcerias e implementar políticas de intervenção e apoio às deficiências que (quer em Portugal, quer na Europa) se traduzam em atos e factos concretos que melhorem a vida de muitos cidadãos”. Daí que, por exemplo, se tenha sensibilizado a eurodeputada para tais questões e, aproveitando a visita informal, se tenha feito uma curta apresentação do sistema de Voto Acessível que a Federação defende como “de urgente implementação”, referiu Abílio Cunha.
A temática do Voto Acessível mereceu, de Isabel Santos, cuidada análise. Aceitando tal sistema como potencialmente complementar ao Voto Eletrónico, a eurodeputada socialista considerou que o mesmo pode ser de inegável interesse “por abarcar a possibilidade de todas as deficiências serem abrangidas”. Por tal sugeriu à FAPPC que este sistema possa vir a ser integrado noutros, como complemento e não como substituto.
“Temos que aceitar que muito dificilmente qualquer sistema de voto será totalmente abrangente e, por isso, temos que pensar em soluções que, juntando distintas dinâmicas e vertentes, consigam responder ao máximo de incapacidades e deficiências”, afirmou a eurodeputada. E, enquanto eleita para o Parlamento Europeu, instou os elementos da FAPPC para que passem a pensar em estratégias que, mais tarde, possam ser replicadas noutros países.
Recorde-se que Isabel Santos, eleita nas listas do Partido Socialista, foi eleita como coordenadora dos deputados do Grupo S&D (Aliança Progressista dos Socialistas e Democratas) na sub-Comissão Direitos Humanos do Parlamento Europeu, integrando ainda as comissões de Negócios Estrangeiros, Direitos Humanos e Liberdades Civis, Justiça e Assuntos Internos.
Neste encontro, além da Direção da Federação, também marcaram presença vários técnicos e voluntários que colaboram na implementação das políticas e do trabalho de campo da FAPPC.