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Hugo Santos: “Só quero jogar no FC Porto e fazer uma carreira irrepreensível com esta camisola”

[caption id="attachment_6860" align="alignleft" width="300"]Hugo Santos, atleta do FC Porto / Foto: Direitos Reservados Hugo Santos, atleta do FC Porto / Foto: Direitos Reservados[/caption]

Hugo Santos, atleta gondomarense de 24 anos, joga andebol no FC Porto há já vários anos, sente o clube como poucos e fez dos obstáculos verdadeiras catapultas para alcançar o sucesso na sua “tão querida” ponta-esquerda. Os dois momentos em que foi emprestado a outros clubes demonstraram a sua enorme qualidade e vontade de vencer, sendo que o seu regresso aos dragões acabou por ser uma consequência disso mesmo.

Como foi a tua caminhada no FC Porto até à titularidade? Hugo Santos (HS) - Nem sempre foi fácil, tinha um treinador muito exigente... Foi complicado lidar com ele [Obradovic] principalmente no início, até ter a sua confiança, que foi uma tarefa bastante difícil. Passei por momentos menos bons, mas depois chegou uma altura em que me senti realmente preparado para jogar mais tempo e estar presente em mais momentos ao longo da época. Claro que a ajuda dos meus colegas também foi fundamental para atingir esse estatuto.

E qual é para ti o significado de representar o FC Porto? HS - É um orgulho gigante, visto que também sou portista desde pequenino e este é o meu clube do coração. É sempre melhor estarmos num clube em que nos identificamos com a cultura e onde sentimos verdadeiramente o símbolo que carregamos ao peito.

Tens a ambição de jogar no estrangeiro? HS - Claro que toda a gente gostava de experimentar outros patamares competitivos. Contudo, sinto que aqui em Portugal não podia estar melhor. Estou perto da minha família, da minha namorada, dos meus amigos e jogo no melhor clube de todos os tempos. Conquistamos sete campeonatos seguidos e não poderia estar mais feliz neste momento.

E jogar por outra equipa em Portugal, é uma hipótese para ti? HS - Nunca digo nunca na minha vida. Porém, no que depender de mim só quero jogar no FC Porto e fazer uma carreira irrepreensível com esta camisola vestida.

E como é ser atleta de alta competição? Tiveste que abdicar de muita coisa? HS - Claro que sim. O andebol requer muita dedicação e não posso fazer certas coisas que a maioria das pessoas faz. Tenho que estar menos tempo com os meus amigos e com a minha namorada do que aquilo que realmente gostava. Conviver menos à noite. Nem sempre é fácil conciliar a carreira desportiva com a minha licenciatura em Desporto, apesar de fazer um esforço para que tal aconteça. Ser atleta de alta competição é isto, também tem alguns pontos negativos, mas faz parte da vida que escolhi.

Quanto à modalidade que te apaixona, quando é que despertou a paixão pelo andebol? HS - Tudo começou na companhia dos meus dois irmãos. O mais velho, o Nuno, também jogava no FC Porto e desde pequeno que eu ia com o meu irmão do meio, o Pedro, ver os treinos dele e começávamos lá a brincar... Entretanto, o próprio Pedro também começou a jogar no FC Porto e eu, com esse acompanhamento assíduo, também despertei uma paixão pela modalidade e comecei a praticar.

E porque não o futebol? O que fez a diferença? HS - Apesar de também gostar muito de futebol, convivia mais com o andebol e acho que fui ganhando algum jeito para jogar. Aperceberam-se da minha qualidade e hoje acho que foi a melhor opção.

Sempre jogaste como ponta-esquerda ao longo da tua carreira? HS - Nas camadas jovens joguei sempre como central, mas tenho noção que quanto mais ia subindo - escalões e exigência competitiva - com o meu porte físico ia tornando-se cada vez mais complicado competir como central. A partir dos Juvenis passei para a ponta-esquerda e desde então continuo lá. É totalmente diferente, mas agora sei que tomei uma boa decisão e é onde me sinto melhor a jogar andebol.

Queres falar-me um pouco da tua alcunha de "penetra"? HS - Isso já é um bocado do passado [risos]. Foi durante a minha formação. Por ser pequenino e na altura jogar como central eu conseguia ultrapassar os meus adversários por espaços muito reduzidos, onde mais ninguém conseguisse passar.

Entretanto já representaste a nossa seleção nacional. Como foi o sentimento de receber a primeira convocatória? HS - É sempre muito bom ser chamado à seleção portuguesa. Na altura não estava à espera, foi por uma infelicidade de um jogador que costuma ser convocado. Foi um orgulho gigante a minha primeira internacionalização e acho que o nosso país tem ganho mais visibilidade no panorama internacional, sendo que a excelente participação do FC Porto na Champions também ajudou.

Tens algum ídolo no andebol? HS – Todos temos os nossos ídolos. As minhas grandes referências são o Uwe Gensheimer, ponta-esquerda do Rhein-Neckar Löwen, e o Martin Stranovsky, um atleta eslovaco que também joga como ponta-esquerda.

Alguma vez jogaste por algum clube gondomarense? HS - Não, nunca tive essa oportunidade.

Gostarias de ser mais reconhecido pela autarquia, uma vez que a Câmara Municipal de Gondomar organizou uma Gala do Desporto e tu não estavas nomeado? HS - Penso que todos gostamos de ser reconhecidos pelos nossos méritos. Mas isso não é uma prioridade para mim nem fico desiludido com essa falta de reconhecimento por parte da autarquia. No entanto, claro que é sempre agradável sermos reconhecidos pela terra onde crescemos e vivemos.

Como está a ser esta fase da tua carreira, uma vez que que te encontras lesionado? HS - Nunca é fácil ficar de fora, muito menos nesta altura pois estamos numa fase de grandes decisões. No entanto, sei que estou próximo de voltar e estou a fazer muito por isso.

Quais são, na tua opinião, as grandes bases para teres alcançado este sucesso? HS - As grande bases são a paixão, a qualidade do trabalho e, sem qualquer dúvida, todo o apoio das pessoas que estão mais próximas de mim. Sem tudo isto era realmente impossível.

 

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