Há coisas que nunca mudam e há promessas que teimam em não se cumprir. O contrato de concessão das águas em Gondomar é um dos maiores problemas da história do nosso concelho. Há duas décadas que os gondomarenses são prejudicados por um contrato ruinoso, fruto de um erro histórico da gestão autárquica. Mesmo com uma renegociação pelo meio em 2014, que não evitou a subida do preço da água, o actual executivo, desde essa data e até hoje, não conseguiu inverter esta situação que tanto prejudica as famílias e empresas.
Durante a campanha das últimas eleições Autárquicas, ainda bem presentes na memória, o incumbente e vencedor das mesmas, Marco Martins, prometeu baixar o preço da água aos gondomarenses já a partir de Janeiro de 2022. Chegados a Janeiro, confirma-se que a redução continua a ser uma miragem no deserto. É uma enorme injustiça que um concelho com a nossa realidade socioeconómica, tenha também uma das tarifas de água mais caras do país.
Ao longo da campanha, a Iniciativa Liberal denunciou que faltou capacidade e vontade política para resolver este problema, de procurar outras soluções. Afirmamos que seriam necessários menos milhões para grandes obras e mais esforço para reduzir o preço da água. Mantém-se a necessidade urgente da redução imediata da tarifa e de todas as taxas associadas, um alargamento da tarifa social e a redução do preço da ligação à rede de saneamento. É também preocupante que, para além da situação existente, seja uma questão de tempo até as famílias e empresas sofrerem o efeito da inflação no preço da água, efeito esse que já se faz sentir noutras despesas de primeira necessidade.
É como diz a música:
São as águas de Marco que ainda virão e a promessa de redução feita em vão. ■