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Vítor Pereira: “Neste momento não tomo nenhum medicamento, costumo dizer que o desporto é o meu medicamento”

Vítor Pereira, gondomarense, já não é um desconhecido dos nossos leitores, temos vindo a falar recorrentemente devido às suas vitórias no ténis, e desta vez não é diferente. Foi um ano em cheio, em que na sua categoria, venceu todos os títulos a nível nacional.

Conte-nos o seu percurso durante este ano. 

Comecei o início do ano com a competição de veteranos, que a federação organiza com os melhores atletas de cada escalão, e ganhei. Todos os torneios “Soalheiro”, que houve durante a época, ganhei todos. 

Acabou a época em outubro com o campeonato nacional que eu também ganhei, em Vale do Mouro e Vila Moura. Fui campeão nacional por equipas pelo meu clube e no escalão menos de 60. Este ano foi um ano de vitórias. Fui campeão regional dos três escalões 55, 60 e 65, fiz tripleta. 

Como justifica a aptidão que continua a ter para o ténis?

Há trabalho, família e depois há desporto que faz com que tudo se equilibre, faz bem à parte física e mental. O ténis é uma atividade que obriga não só ao esforço físico, como a capacidade de concentração, que é muito importante, a diferença entre os grandes campões está no poder mental deles.  Neste momento não tomo nenhum medicamento, costumo dizer que o desporto é o meu medicamento. 

Foi novamente campeão nacional em Ténis, no campeonato nacional em Vale do Lobo. Conte-nos um pouco sobre a experiência. 
O sorteio até foi difícil, sempre tive adversários muito difíceis, desde a primeira eliminatória, acabei por defrontar o primeiro atleta que foi à final o ano passado, tive com um jogador que era o favorito a ganhar, e foi uma vitória ao final de 4 horas. Na final tive com o que competi o ano passado na final e foi uma espécie de vingança (risos), foi o Luís Azevedo, que era o campeão do ano passado. O primeiro título a ganhar custa, mas o mais difícil é manter. Graças a deus tive essa capacidade, muitas vezes.  Este ano foi um pleno. 

Como vê o ténis em Portugal?

Nós em Portugal já temos uma melhor cultura desportiva, ainda é muito insuficiente, como podemos ver nas estatísticas. Portugal é um dos países mais atrasados senão o mais atrasado no que toca ao desporto. Começa nas escolas, porque se facilita muito. Na minha altura havia uma cultura relacionada com o desporto nas escolas e isso acabou. É preciso voltar a desenvolver, porque isso ajuda a vida das pessoas, porque faço desporto desde os dez anos devido ao desporto escolar. É muito importante termos esta cultura, porque acabamos por fazer uma campanha preventiva do corpo e não uma curativa. Porque com o desporto, apanha-se sol e chuva, acabamos por ter autodefesas. É isso que quero transmitir enquanto pratico desporto, claro que com equilíbrio. 

Como vê o trabalhado desenvolvido pela Federação Portuguesa de Ténis?

A Federação Portuguesa de Ténis está a fazer um belíssimo trabalho. Está a aproveitar as receitas extraordinárias que tem do jogo, para as modalidades. Ele aproveitou esse dinheiro, saneou as finanças da federação e promoveu muito os nossos séniores.  Em termos de veteranos patrocina torneios durante todo o ano e termina com os masters, que este ano reuniu os melhores do ano todo, pagando tudo, hotel, almoços, é uma espécie de um prémio a quem foi melhor durante o ano todo. Há uma prática no desenvolvimento do ténis veterano. 

Devia haver um investimento das entidades públicas no aumento de campos de ténis?

Gostava de mencionar uma das grandes estratégias da Maia era que para se fixar no concelho tinha de praticar desporto com o intuito de evitar que fossem para outros, e com isso desenvolveu o estado das modalidades. Isso não se fez em mais lado nenhum. Em Gondomar temos a Ala Nun’Álvares que deveria ser mais apoiada. Se assim fosse tínhamos mais praticantes, porque é o único clube com a quantidade de atletas para conseguir fazer a diferença. As modalidades municipais ou têm um complexo com uma organização como tem a Maia, ou então fazer isoladamente campos não funciona, como vemos na Quinta das Freiras. Se o Município quisesse fazer alguma coisa do género devia ser tipo Maia, caso haja essa capacidade, mas se não devia apostar-se nos clubes locais com as modalidades. É preciso investir mais no desporto, mas o Multiusos de Gondomar é muito bom para este tipo de promoção. Era uma forma de rentabilizar o complexo e o desporto. Um pavilhão deste tipo não devia estar parado. 

Acha que o padel está a tirar o interesse pelo ténis?

O padel está a retirar alguma preponderância ao ténis, porque é um desporto social.  Apenas isso. 

 

 

 

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