Vítor Pereira volta a ser vencedor nas provas da sua categoria. É fanzerense e o ténis é uma das suas paixões. O Vivacidade esteve à conversa com o tenista.
Comparativamente ao ano passado, que também falamos consigo devido aos seus 15 títulos de campeão nacional, o que é que acrescenta à sua prateleira de títulos?
Há três grandes momentos este ano comparativamente aos anos anteriores, o campeonato nacional, o campeonato mundial e o de masters veteranos – torneio que a federação portuguesa organiza desde os mais pequenos até os veteranos, onde estão presentes os quatro melhores atletas de cada escalão. Este ano ganhei o masters no meu escalão e no Campeonato Mundial, em Palma de Maiorca, joguei por Portugal, e ganhei todos os jogos individuais.
Como é que estas vitórias o fazem sentir?
Sinto-me cansado (risos). Foram 4 horas por jogo, joguei cerca de 20 horas.
Foi o seu primeiro Mundial?
Não. Já fui a dois. Foi um campeonato muito duro, o México é uma das maiores potências nesta modalidade e ganhei ao sétimo melhor do mundo, na altura. O nosso jogo durou cerca de quatro horas e meia.
Como é que é feita a gestão de uma viagem para Palma de Maiorca com família e trabalho?
Tive de marcar férias. A minha família não me acompanhou, porque é muito duro para eles. Os jogos começam às 9h00 por isso às 8h00 já temos de estar prontos e saímos pelas 17h00, depois disto só queremos descansar. Não dá para levar a esposa, ia passar muito tempo sozinha, nem íamos aproveitar nada. A prova foi em Outubro.
Como é feita a preparação?
Com treinos regulares. Um dia ou dois, por semana, tenho treinos com um Personal Trainer para fortalecer mais os músculos e conseguir manter uma melhor forma física. Primo por uma alimentação saudável, ao almoço, normalmente, como carne e ao jantar tento comer sempre peixe.
Como é que é ser o mais recente vencedor dos masters veteranos, sendo que este título é reduzido aos quatro melhores classificados?
Ganhar é sempre uma felicidade e uma superação. São os quatro melhores classificados nos torneios nacionais. Estive sexta, sábado e domingo, com dez horas de ténis, desde sexta à tarde a domingo de manhã, para perceberem o ritmo que temos de jogar. Ganhei os quatro jogos.
Como é que vê o ténis atual?
Felizmente no ténis português temos um presidente que é o Vasco Costa, que tem criado ao nível do ténis português condições para que os jovens consigam ter resultados e melhorar. Neste momento há vários jovens que conseguem participar em torneios. Ainda há pouco tempo houve torneios na ordem dos 75 mil dólares para as raparigas. Em três semanas consecutivas tivemos torneios femininos, que estão classificadas nos 130/200 do mundo, e futuramente podem estar nos 20 ou 30. Neste momento fazem em Portugal cerca de 30 torneios challenge, que permitem aos jovens angariar pontos. Sem terem de se deslocar para Marrocos ou América do Sul.
A quem deve um obrigado?
À minha família, principalmente à minha esposa.