Vítor Guerra é o candidato à Câmara Municipal de Gondomar pelo CDS-PP. Conversamos com o candidato.
Quem é Vítor Guerra?
Comecei na política relativamente cedo, na Universidade ligado à Juventude Centrista, atualmente, na Juventude Popular. Licenciei-me e fiz o estágio em advocacia. Vim para Gondomar na altura em que o tribunal abriu portas. Tenho escritório em Gondomar desde então. Moro, também, no concelho desde 1998. Fiz parte da Assembleia Municipal na lista do Major Valentim Loureiro, como independente.
Porque se candidata à Câmara Municipal de Gondomar?
Pela necessidade que vejo de Gondomar mudar e aproveitar oportunidades que estão a surgir neste momento. Gondomar transformou-se, nas últimas décadas, o que Rio Tinto já era: um dormitório da Cidade do Porto. Gondomar baseava-se tanto na agricultura, como na ourivesaria e na indústria do imobiliário e essas indústrias desapareceram. Gondomar, neste momento, devido às alterações que irão ocorrer na Área Metropolitana do Porto pode ter uma oportunidade de desenvolvimento económico e social.
O CDS-PP optou por não coligar com PSD nestas eleições autárquicas, o que correu mal?
É uma questão que me penaliza bastante, sobretudo as declarações feitas ao vosso jornal pelo candidato Emídio Guerreiro. O CDS desde Novembro de 2024 procurou estabelecer um processo negocial com PSD. Um contacto calmo e sereno, contudo, o PSD não mostrou vontade de coligar com o nosso partido. A proposta feita pelo PSD correspondia a menos de metade do que era habitual nos anos anteriores. Caso a coligação vencesse o lugar que cabia ao nosso partido era o sétimo lugar. O não do CDS surge porque entendemos que a proposta era para não ser aceite.
Na sua ótica quais são as necessidades do concelho?
Neste momento a principal carência é uma carência nacional: a habitação. Temos um PDM (Plano Diretor Municipal) que está há imensos anos em revisão. O essencial é resolver rápido essa questão. Enquanto deputado na Assembleia Municipal, antes das eleições de 2021, foi aprovada utilização do PRR para a habitação e até agora não há habitação. Outra questão é a morosidade, que é enorme, levando ao afastamento do investimento privado do nosso concelho. Com a saída do Major, Gondomar ficou desvalorizado politicamente. No conceito da área metropolitana é o último do pelotão. Os autarcas socialistas do nosso concelho não conseguiram ter o peso político para levar a cabo a linha do metro, para terminar os 5km dos quais o canal era feito num terreno que já existe. O PS de Gondomar não conseguiu ter a representatividade necessária.
Que soluções apresenta para essas carências?
A primeira coisa que temos de saber é quem são os inquilinos do Município de Gondomar. Quantas casas estão ocupadas e se existem habitações desocupadas e ao mesmo tempo saber se não existem habitações subocupadas. Ter em conta qual o número de pessoas que estão a habitar e fazer uma recolocação de acordo com o agregado que habita naquela residência. Para o caso da morosidade deve ser estabelecido um prazo máximo de 90 dias para os serviços emitirem um despacho de aprovação ou reprovação do projeto. A chefia e a gestão do departamento do urbanismo têm de existir. O metro já é uma história que nos entedia a todos. Em 2005 quando estava na Assembleia Municipal já se falava disso. A minha sugestão seria acabar a linha do metro até ao Souto.
O que seria um bom resultado?
Seria um resultado superior a 2001, conseguirmos colocar um deputado na Assembleia Municipal, um em S.Cosme e outro em Rio Tinto. Acima disto seria um bom resultado. Estamos à espera de lutar pela vitória na Freguesia da Lomba.
Faria coligação? Com que partido(s)?
Faríamos coligação com o PSD.
Que mensagem gostaria de deixar aos gondomarenses?
Queria pedir uma oportunidade aos gondomarenses para transpor para Gondomar as políticas dos nossos Municípios, que não são tão longe daqui como isso: Ponte de Lima na Educação e no Desporto Escolar, Vale de Cambra nos deficientes, Albergaria-a-Velha na forma como conseguimos os investimentos. Merecemos uma oportunidade.