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Universidade Fernando Pessoa lança Curso de Medicina em Gondomar

Em janeiro de 2023, o Conselho de Administração da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior (A3ES) acreditou o curso de Medicina da Universidade Fernando Pessoa – o Mestrado Integrado em Medicina, com um número máximo de 40 admissões no primeiro ano, prevendo-se um aumento progressivo de vagas por ano. Esta conquista assinala um importante marco, sendo o primeiro curso de Medicina de uma universidade portuguesa a ter um hospital próprio para o ensino.
A partir de setembro de 2023, o curso teve início nas instalações do Hospital Fernando Pessoa, em Gondomar. O Jornal Vivacidade esteve presente para documentar esse momento marcante.

Trata-se de um modelo de ensino inovador, que incorpora avançadas metodologias de formação médica, como o desenvolvimento curricular em espiral, ensino integrado e baseado em problemas, atividades profissionais delegáveis (EPAs) e imersão clínica desde o início do curso. O currículo do curso está fundamentado em bases científicas sólidas, com amplo recurso a casos clínicos, enfatizando o trabalho em equipe e o pensamento crítico. O plano de estudos abrange todos os sistemas orgânicos, oferecendo uma visão completa do ciclo de vida em saúde e doença, diagnóstico, cuidado personalizado e novas terapêuticas.

O corpo docente altamente qualificado foi selecionado e treinado para dominar as metodologias inovadoras adotadas. Além disso, o curso conta com tutores médicos para acompanhar de perto os estudantes ao longo do programa.

O novo edifício destinado ao Mestrado Integrado em Medicina, em construção ao lado do Hospital Fernando Pessoa, contará com instalações modernas, incluindo um centro de simulação médica, laboratórios, biblioteca e salas de aula projetadas para um ensino integrado e colaborativo. 

A partir de setembro próximo, o curso de Medicina passará a ser ministrado nessas novas instalações, mantendo o Hospital Fernando Pessoa como o hospital âncora da formação clínica dos estudantes.

Conversámos com várias pessoas envolvidas no Mestrado Integrado em Medicina da Universidade Fernando Pessoa, que destacaram a inovação e qualidade do curso.

 

Lúcio Lara Santos, professor catedrático, médico especialista em Cirurgia Geral e Coordenador e docente do Mestrado Integrado em Medicina, um dos principais responsáveis pela implementação do novo curso,enfatizou a abordagem inovadora do curso: "O ensino baseado em problemas é fundamental. Desde cedo, os estudantes estão integrados numa visão clínica e prática do curso de medicina. Este projeto é diferente dos outros cursos, pois alia o teórico ao prático, preparando os estudantes para os desafios da medicina contemporânea.

 

Daniela Mendes, professora associada, médica especialista em Medicina Interna e Coordenadora-adjunta e docente do Mestrado Integrado em Medicina, destaca a importância das humanidades no curso.  "A Unidade Curricular de Fundamentos de Ciências Médicas I foi a disciplina inicial que tiveram, que teve como objetivo dar-lhes fundamentos da medicina. Os quatro módulos da unidade curricular abordam desde os serviços de saúde até aos princípios éticos da medicina, fornecendo aos estudantes uma base sólida para integrar teoria e prática clínica."

 

Antero Fernandes, médico especialista em Medicina Intensiva, Medicina Interna e Emergência Médica e professor catedrático convidado a tempo parcial neste estabelecimento, mostra-se entusiasmado e encantado com o projeto. Destaca a importância da abordagem prática desde o início do curso: "Este projeto é uma forma diferente daquilo a que estávamos habituados, um ensino de medicina mais prático e menos centrado na teoria. Este projeto alia teórico ao prático desde cedo, o que é crucial para a formação dos estudantes."

Rúben Fernandes, professor catedrático na área da genética e bioquímica na Universidade Fernando Pessoa, destaca não apenas a importância da investigação científica, mas também a humanização da prática médica: "O curso tem uma estrutura dinâmica que permite aos estudantes uma imersão não só na parte clínica, mas também na investigação. No final, o que mais desejo é que sejam excelentes médicos e, sobretudo, excelentes pessoas."

Carlos Palmeira, biólogo e docente do Mestrado Integrado em Medicina, responsável pela unidade curricular Moléculas, Células e Doença I, destaca a importância da ligação entre teoria e prática: "Esta unidade curricular tem uma abordagem mais prática, onde os estudantes aprendem como as moléculas se organizam e a sua relação com as doenças. Apesar dos desafios, este modelo de aprendizagem é estimulante para nós enquanto docentes. A interligação com a prática foi um dos pontos mais atrativos. 

Duarte Alegre, médico especialista em Ortopedia e Traumatologia e tutor no Mestrado Integrado em Medicina, realça a importância do acompanhamento próximo aos estudantes: "Este projeto tem uma questão inovadora que é a figura do tutor, que nos compete preocupar com os estudantes e perceber junto deles o que é preciso ou não ser corrigido. Para além disso, é uma enorme vantagem termos o curso dentro do próprio hospital, o que proporciona aos estudantes um contacto direto com o ambiente clínico desde o início."

Durante a nossa conversa com os estudantes, o entusiasmo foi evidente nos seus rostos.

Ana Vale, estudante, expressou o seu entusiasmo: "O ambiente de aprendizagem é incrivelmente estimulante. Temos acesso a recursos que facilitam uma compreensão profunda e prática da medicina desde o início."

Maria Almeida, também estudante, destacou a experiência prática: "Desde o primeiro dia, estamos imersos em atividades práticas que complementam a teoria. Isso dá-nos uma visão realista e abrangente do que é ser médico."

 

O Mestrado Integrado em Medicina da Universidade Fernando Pessoa destaca-se como um curso inovador, com corpo docente qualificado, infraestruturas modernas e métodos de ensino avançados. Sediado em Gondomar, torna a cidade um polo de referência na educação médica, impulsionando o desenvolvimento local. 

 

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