Câmara garante que vigilantes não vão ficar sem trabalho

[caption id="attachment_2124" align="alignnone" width="509"]Bairros Sociais em Gondomar / Foto: Ricardo Vieira Caldas Foto: Ricardo Vieira Caldas[/caption]

O assunto não é novo. Os contratos elaborados entre o anterior executivo da Câmara Municipal de Gondomar e os zeladores dos bairros sociais estão a terminar. Alguns já cessaram em janeiro e março, outros em outubro e alguns vão terminar em dezembro. Os vigilantes estão indignados mas o atual executivo assume que ninguém irá para o desemprego.

“Estes contratos, como é sabido, foram mal efetuados no passado e não há forma legal de os revalidar. Não podemos contornar a lei”, começa por explicar ao Vivacidade o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins. “Entretanto, a Câmara já aprovou a contratação do serviço a uma empresa de trabalho temporário, por forma a garantir o desempenho das funções dos zeladores, que consideramos de muito importantes”, acrescenta o edil.

[caption id="attachment_2123" align="alignleft" width="300"]Rosa Lopes, zeladora do Bairro Mineiro / Foto: Ricardo Vieira Caldas Rosa Lopes, zeladora do Bairro Mineiro / Foto: Ricardo Vieira Caldas[/caption]

“Sem estudos não vou conseguir arranjar outro trabalho”

Rosa Lopes, vigilante do Bairro Mineiro, em São Pedro da Cova, está indignada com a situação profissional em que se encontra. “Foi uma medida criada pelo major Valentim Loureiro. Agora a Câmara vai entregar a gestão deste espaço a uma empresa privada, porque diz que não é legal estarmos a trabalhar a recibos verdes. Eu sou a zeladora mais antiga de Gondomar e tive oportunidade de falar com o presidente Marco Martins, que me garantiu que não me ia deixar ficar sem trabalho apesar de entregar a gestão deste espaço a uma empresa privada. Disse-me isto há um mês atrás. O meu contrato acaba no dia 20 de outubro e estou à espera para saber se ele vai cumprir com a sua palavra”, afirma Rosa Lopes. “Com 44 anos e sem estudos não vou conseguir arranjar outro trabalho. Não vamos ter direito a fundo de desemprego porque trabalhamos a recibos verdes. Este bairro precisa de uma pessoa de pulso aqui presente e todos vêm ter comigo quando precisam de ajuda”, acrescenta a zeladora.

[caption id="attachment_2122" align="alignleft" width="300"]Vítor Loureiro, zelador do Bairro Padre Vaz / Foto: Pedro Santos Ferreira Vítor Loureiro, zelador do Bairro Padre Vaz / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]

Em S. Cosme, o caso é diferente. Vítor Loureiro, anterior responsável pelo Bairro Padre Vaz, em S. Cosme, terminou o seu contrato a 15 de setembro. “Sou zelador deste bairro há sete anos. Fui despedido no dia 15 de setembro, quando fui à Câmara Municipal de Gondomar saber se renovavam o meu contrato. Deviam ter-nos avisado com antecedência. Quando saí da reunião encontrei o presidente cá fora e perguntei-lhe diretamente se achava bem o que estava a fazer com os zeladores e ele disse-me que não tinha culpa porque já nos deviam ter posto no quadro de funcionários da Câmara”, informa o vigilante. “Eu já tive que pedir insolvência porque tenho contas para pagar e estou sem trabalho. O bairro tem estado abandonado e os moradores têm apresentado queixas”, indica ainda Vítor Loureiro.

“O trabalho desempenhado pelos zeladores é muito importante”

Ao Vivacidade, Marco Martins esclarece que “desde que os contratos começaram a cessar, uns em janeiro outros em março, os trabalhos da competência dos zeladores têm sido atribuídos a outras entidades, a limpeza dos arruamentos à Rede Ambiente e a manutenção dos espaços verdes às Juntas de Freguesia, desde 1 de janeiro, por força das novas competências que a autarquia lhes atribuiu.” Na opinião da Câmara, “o trabalho desempenhado pelos zeladores é muito importante”. “Tanto assim é que não abdicámos do exercício da função”, enfatiza o presidente da Câmara Municipal de Gondomar.

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