O Sousense é um clube reconhecido de Gondomar e localiza-se na Freguesia de Foz de Sousa. Foi fundado há 85 anos no dia 1 de dezembro de 1937.
Conte-nos um pouco da história do clube.
Há vários anos que competimos quer nas principais competições da Associação Futebol Clube do Porto quer nos campeonatos nacionais, onde esteve aproximadamente 10 anos. A nível de formação é um clube distinguido no concelho. É um clube que tem, desde que a federação criou, em 2016, a certificação para os clubes formadores, nós tivemos sempre as quatro estrelas, que é o patamar máximo para um clube da nossa dimensão, sendo que as cinco estrelas já é para um clube com um cariz praticamente profissional. Tem no “Palmarés” (lista de vitórias, título de alguém, de grupo ou instituição) uma divisão de honra, na época de 2009 e 2010 que é quando consegue a subida aos campeonatos nacionais e várias subidas também nas Associações do Porto, mas aí sem o título de campeão da competição.
O complexo desportivo é sediado na Foz do Sousa, conta agora com dois campos que é o campo antigo que está desde a formação do clube, que foi agora recuperado para as camadas jovens e este campo inferior que está disponível para treinos e jogos desde 2009.
O clube tem equipas femininas? Tem alguma modalidade além do futebol?
Neste momento não temos equipa feminina, mas já tivemos, até podemos dizer que fomos dos primeiros, numa altura que não era “moda” ter equipas femininas, isto é existirem medidas que fomentem a prática do futebol feminino. Já tínhamos antes disso, há uns 5 ou 6 anos, mas a nossa equipa foi desmantelada e não conseguimos dar continuidade, mas é um dos objetivos que temos, voltar a ter o futebol feminino e depois progredir para os escalões de formação, mas neste momento não conseguimos e também é impensável com o crescimento que teve o clube e sem ter o campo que temos agora de apoio (o que foi recuperado) e a nível de infra-estruturas era impossível.
A nivel de modalidades temos apenas o futebol.
Como é que são vistos, pelo clube, pela equipa e pelos praticantes estes 85 anos do clube?
Foi muito bom, ficamos muito satisfeitos porque nós costumamos realizar um almoço de aniversário com os associados e os amigos do clube, que já não se realizava há 3 anos devido à pandemia, e este ano voltamos a fazê-lo e contamos com cerca de 250 pessoas. Portanto, todos os sócios e membros do clube evidenciariam a vivacidade do clube, que está bem e recomenda-se.
Após os 85 anos de formação do clube estão no patamar onde gostariam de estar?
Os patamares e a idade não podem ser muito associados porque vivemos de ciclos. Nós vivemos um ciclo de 10 anos, entre 2010 e 2020, mais ou menos, em que tivemos presentes nos campeonatos nacionais. Neste momento, para subir novamente se calhar é um passo difícil de dar e se lá chegarmos vamos competir como já o fizemos outrora. Não vamos dizer que é um objetivo assumido, a longo prazo sim mas sem hipotecar o futuro do clube. É assim que encaramos as coisas. Porque sabemos que neste momento estamos a passar aqui uma fase de reforma das infra-estruturas e que para nós é indispensável para qualquer tentativa de crescimento e progressão. O primeiro passo foi a reforma do campo de treinos que nos dá mais condições para a formação e nos permite libertar o espaço e nos permite ter um pouco mais de aproveitamento e qualidade do treino. Agora temos outro desafio que se prende com a substituição do relvado de baixo que tem condições depauperadas e condiciona o facto de jogarmos com este relvado nos campeonatos nacionais, é impensável. E mesmo para uma equipa que quer subir de divisão, ou algo do género, é um bocadinho difícil a nível de atração de jogadores porque eles já não querem jogar num relvado neste estado, não acham que seja digno para a sua carreira.
Também fizemos a renovação do sistema de iluminação, logo estamos aqui atravessar uma reforma nas infra-estruturas para conseguirmos alcançar o desenvolvimento sustentado que vai continuar a acontecer com naturalidade.
Qual é o objetivo a longo prazo?
É o crescimento sustentado. Repare nós somos um meio pequeno como tal estamos a falar de um clube que representa uma freguesia ou um concelho que no limite está sediado num lugar onde existem outros clubes na freguesia. temos que fomentar o nosso crescimento, também na nossa massa associativa, do numero de adeptos das camadas jovens, senão torna-se difícil ter uma máquina tão grande que não tenha representatividade.
No que toca à reforma das infra-estruturas, tem algum apoio por parte do Município ou das juntas de freguesia envolventes?
Estamos aqui a falar de um clube que tem apoios por parte do Município sem dúvida. Os da junta de freguesia não são bem os que pretendíamos mas lá vão ajudando com aquilo que podem.
A nível de troféus há algum que queira destacar?
O trofeu que nós temos mais exposto e que gostamos sempre de destacar é o de Campeão distrital da Associação do Porto que culminou na subida aos nacionais. Temos outros na formação porque as subidas de divisão não dão taças, mas a nível de trofeu, o único que nós temos a nível oficial e relevante é este. Mas claro que queremos aumentar.
As camadas jovens estão a competir a nível nacional?
Sim, os juniores já estão a competir a nível nacional há vários anos, 10 anos mais ou menos. Houve um ano que descemos de divisão mas subimos logo no ano a seguir. A nível de juniores acho que estamos estabilizados a nível nacional. Nos outros patamares gostávamos que isso acontecesse mas ainda não foi possível.
Sente que a renovação do relvado pode fomentar a atração de novos jogadores para o clube?
Obviamente esperamos que nos ajude a cativar mais miúdos para a formação. Hoje em dia é uma tarefa que vai exigindo cada vez mais alguma astúcia, aquelas questões do marketing que possa atrair o maior número de jovens para a formação. E um campo novo que é destinado para a formação e acabam por ter todas as condições para crescerem e para evoluírem.
Qual é o seu maior sonho enquanto presidente do clube?
É dar continuidade e conseguir passar o testemunho neste rumo de crescimento sustentado e sustentável para que consigamos criar bases para que o desenvolvimento seja possível. É o que mais desejava e o que me propus quando me candidatei.