
O edifício do Sanatório de Montalto, em Gondomar, está a ser recuperado pela Assistência aos Tuberculosos do Norte de Portugal (ANTP), quarenta e quatro anos após ter sido desativado.
O projeto de recuperação do Sanatório de Montalto conta com as parcerias da Câmara de Gondomar e da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e visa “recuperar o edifício construído a partir dos finais da década de 1930 pela ANTP, dando-lhe novas condições para servir a população”, disse Cláudio Alves, em declarações à Agência Lusa.
“Trata-se de um edifício que só ficou concluído em 1962, muito por causa da falta de apoio do Estado, que se fez com a ajuda da comunidade nortenha, que se via desfavorecida, na região, no combate à tuberculose”, relatou o responsável.
Assim, o Sanatório de Montalto foi desativado em 1972 e terá sido “saqueado, vandalizado e abandonado assim que se deu a revolução do 25 de abril, em 1974, altura em que saiu de lá o funcionário que restava”, acrescentou Cláudio Alves, da ANTP.
No terreno está a ser feita a remoção dos detritos acumulados ao longo de quatro décadas de abandono, tendo sido já retiradas “15 toneladas de lixo”.
A segunda fase de recuperação do Sanatório prevê a vedação e entaipamento do edifício central ao nível dos pisos inferiores. A principal finalidade do imóvel a recuperar vai ser definida num estudo do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP).
A par da recuperação do Sanatório está também a ser estudada uma candidatura ao projeto Futuro 100.000 Árvores, em consonância com o Programa Rede Natura 2000.