Um ano após a tomada de posse, quais são as principais medidas implementadas na Lomba? Concluímos o parque infantil de Pé de Moura, que será inaugurado brevemente, e demos início a obras com que nos tínhamos comprometido no mandato anterior. Apesar de ser um novo ciclo é, sobretudo, uma continuidade do trabalho começado em 2013. Contudo, continuamos com as mesmas dificuldades do último mandato. Posso adiantar que este ano ainda não tivemos nenhum grande investimento do Município. Atribuímos essa responsabilidade ao caso da dívida à EDP, percebemos que o Município está condicionado no seu orçamento, mas estamos a acusar muito essa limitação. Infelizmente, foi um ano negativo. Esperamos que no próximo ano a Câmara possa apoiar a Lomba.
O relacionamento com o Município foi afetado por essa limitação financeira? Há um diálogo aberto com o presidente do Município e é isso que nos tranquiliza. Temos que compreender a fatura que caiu nas mãos desta gestão municipal e temos todos que ser solidários com essa condição. Esperamos que melhores dias venham para desbloquear este impasse.
Queixou-se da falta de apoios institucionais. Pode concretizar? O IEFP, por exemplo, deixou de aprovar candidaturas que nos garantiam alguns funcionários, via contratos de inserção profissional. Para a Junta eram uma grande mais-valia, porque, infelizmente, não temos orçamento para contratarmos mais recursos humanos. Diariamente sentimos a carência de funcionários para dar resposta às necessidades das pessoas. Temos quatro pessoas no terreno que fazem tudo: transportes escolares, manutenção de jardins, limpeza da floresta e todos os arranjos e pavimentações.
Olhando para os próximos anos, que projetos tem para a freguesia? Continuamos com projetos com alguma dimensão em curso. São processos muito burocráticos e que levam algum tempo a ser concretizados. A reestruturação do cemitério está a ser feita por fases. O slide foi um processo que ficou empatado após uma queixa de um indivíduo que quis prejudicar-nos, mas está resolvido e a obra vai avançar. Deverá estar pronto no próximo ano. O projeto do Largo de Santo António também atrasou porque tivemos que registar todos os terrenos na Comissão Fabriqueira. No edifício da Junta também realizamos algumas obras de recuperação e reestruturação. Ganhamos duas salas de formação, criamos uma sala de arquivo e uma sala para guardarmos as lembranças que vamos recebendo.
Se tivesse que escolher um problema que pudesse ver imediatamente resolvido, qual seria? Ainda há lugares da freguesia onde a água potável não chega. Estamos a falar de um local que tem sete casas, mas essas 15 pessoas merecem ter as mesmas condições que os outros gondomarenses.
O que espera dos próximos anos? Espero que o Município olhe mais para o alto concelho. Se continuarmos neste registo, se não houver um investimento do Município e uma inversão desta tendência, o alto concelho pode ficar desertificado nos próximos anos.