Nas últimas semanas muito se tem discutido na Comunicação Social, sobre a realização ou não do Congresso Nacional do CDS, antes das Eleições Legislativas que foram marcadas pelo Presidente da República para dia 30 de Janeiro de 2022.
Antes de deixar neste espaço a minha opinião sobre o assunto, quero desde já referir que o faço exclusivamente na qualidade de Militante de base, pelo que a opinião aqui expressa apenas me vincula a mim próprio.
Quem como eu, que é Dirigente Local, Distrital e Nacional de um Partido Político com projecção Nacional e responsabilidades Governativas, e que já participou por dentro em vários processos de preparação de Campanhas, Programas Eleitorais, Registo de Candidaturas junto dos Tribunais e Listas sabe que é impossível preparar em simultâneo a realização de um Congresso com todo o restante processo.
Aqueles que diariamente enchem a Comunicação Social com as mais eloquentes opiniões sobre este assunto, sabem que aquilo que eu digo é a mais pura das verdades. Num Partido Democrático e Plural como o CDS, em que as Listas e o Programa Eleitoral são preparados pela Comissão Política Nacional em conjunto com as Estruturas Locais do Partido, sabe bem que estes processos são morosos e feitos simultaneamente por todos os Distritos mais os Arquipélagos dos Açores e da Madeira.
Para mim, que defendo o Personalismo Humanista e que coloca sempre os interesses da Nação acima dos interesses político partidários e dos interesses pessoais, este tipo de discussão é pura e simplesmente demagógica e irresponsável.
Um Partido Fundador da nossa Democracia, que já por várias vezes teve responsabilidades Governativas e que exerce essas funções neste preciso momento nos Governos Regionais da Madeira e dos Açores, assim como em muitas Autarquias não se pode dar ao luxo de colocar acima dos interesses da Nação e dos Portugueses, os interesses do CDS e dos interesses pessoais de uma dúzia de personalidades que mais não querem do que um lugar nas Listas de Candidatos a Deputados esperando chegar ao Parlamento. Este é o cerne da discussão toda: fazer parte das Listas de Deputados em Lugar Elegível.
É caso para relembrar que neste momento em que o País precisa mais do que nunca de um Centro-Direita forte e unido, que permita colocar novamente o País na rota do crescimento socioeconómico, o Estadista que era Adelino Amaro da Costa. E que tanta falta nos faz! Espero que o seu legado sirva de exemplo e de guião aos actuais actores políticos.