Após a estreia documentário Islândia Natureza Ígnea, Paulo Ferreira inaugura a exposição fotográfica deste trabalho, na Fundação Inatel, que está patente até Março de 2025. Um documentário que retrata o cenário entre o Atlântico Norte e o Círculo Polar Ártico.
“Este trabalho surpreendeu-me a mim próprio, porque não estava à espera de uma Islândia tão natural, tão vulcânica, com paisagens dramáticas, com histórias de degelo visíveis. O documentário ficou tao interessante no final, como é obvio não tenho um milhão de euros para gastar numa produção destas, estamos a falar de 10 a 15 mil euros. O resultado foi tao bom que mostrei o trabalho à SIC e acabou por interessar tanto que acabou por querê-lo”, afirma Paulo Ferreira, fotógrafo, realizador e videógrafo, gondomarense.
O documentário foi submetido a festivais de cinema e um deles foi o Art&Tur, onde foi premiado e reconhecido. É um festival com grande dimensão de Portugal, se não for o maior festival de cinema que existe em Portugal é claramente um dos maiores, porque reúne imensos realizadores do mundo todo. O Art&Tur tem uma dimensão muito grande, claro que ter um prémio nesse festival de cinema é importante, mas o que mais importante não é ganhar o prémio é reconhecer o trabalho”, menciona.
O propósito dos documentários do realizador gondomarense é evidenciar a problemática ambiental com imagens bonitas, em vez de utilizar imagens dramáticas da poluição. É atrair os espetadores para a manutenção de locais únicos. “Apesar daquela paisagem agreste e vulcânica a vida agarra-se a esses espaços. É uma forma de dar esperança às pessoas”.
A mensagem do Islândia Natureza Ígnea é “transmitir a quem o vê a vida selvagem, as paisagens da Islândia, daí o título “Islândia Natureza Ígnea”, é uma dimensão do território que não está habitado pelo humano, anda-se quilómetros e não se vê uma casa”.
O documentário Islândia Natureza Ígnea emerge como um pequeno mundo vulnerável às alterações climáticas globais. Esta ilha de contrastes, que oscilam entre as auroras boreais, o gelo e a lava, com as suas paisagens glaciares deslumbrantes e alguns vulcões ativos, enfrenta um enorme desafio. A poluição luminosa, o degelo dos glaciares, a poluição do ar e de água e o aumento do nível do mar desafiam a sustentabilidade ambiental, enquanto as comunidades locais testemunham mudanças significativas nos seus modos de vida. O mesmo se passa com a fauna e flora da Islândia, sempre presentes ao longo do filme. Esta sinopse explora a luta da Islândia para preservar a sua natureza única, enfrentando as crescentes pressões ambientais, destacando a urgência de ações globais para mitigar os impactos das mudanças climáticas naquele que é um dos ambientes mais emblemáticos do nosso planeta. Um filme realizado por Paulo Ferreira com locução de Eduardo Rêgo.
Além deste, o documentário “Breve História da Humanidade”, que contou com mais de duas milhões de visualizações, recebeu uma menção honrosa no Festival Internacional de Cinema Natourale, em Wiesbaden, Alemanha. Este é um evento com reconhecimento mundial pela celebração de produções cinematográficas dedicadas à natureza, turismo sustentável e ao meio ambiente.
“A cerimónia de prémios foi no Palácio, Kurhaus, na Alemanha onde havia vários espaços na cidade para mostrar filmes, palestras, trocas de contactos e não sendo apenas um momento de entrega de prémios. Estar junto daquelas pessoas foi excelente, vim de lá muito motivado para realizar novos trabalhos”, remata Paulo Ferreira. O Consulado Geral de Portugal em Estugarda reconheceu o trabalho do Gondomarense.
A convite da Professora Maribel Gonzalez, da Universidade Sénior de Gondomar, Paulo Ferreira marcou presença na disciplina "Aprender a viver". “Foi um prazer mostrar aos alunos presentes, um dos meus trabalhos mais emblemáticos no que á consciência sobre alterações climáticas, diz respeito. Tratou-se do pequeno filme "Breve história da humanidade" e ainda houve tempo para um debate muito pedagógico sobre esta temática”, refere o realizador