Em Gondomar, o panorama do desemprego demonstra que, comparando os dados dos últimos três anos, o ano de 2020 registou um pico de desempregados, situação que desceu em 2021. Todos os dados analisados datam o mês de dezembro de cada ano analisado.
Comparando os números, podemos dizer que o ano de 2021 foi um ano de recuperação, fase ao ano de 2020. Em 2019, o município registava 5731 desempregados, sendo que 2746 eram homens e 2981 mulheres, no ano seguinte, o total de desempregados tinha subido para 7673, sendo 3576 homens e 4097 mulheres. Um aumento total de 1942 desempregados.
Ao analisar os dados, podemos dizer que o ano de 2021 trouxe a bonança, porque presenciamos uma redução de 1356 desempregados. No ano transato, o Município registava um total de 6317, sendo 2817 homens e 3500 mulheres. Comparando 2020, com 2021, tivemos uma redução de 759 homens e 597 mulheres.
No entanto, apesar dos números terem diminuindo em 2021, registamos um aumento de 319 desempregados inscritos há mais de um ano e uma redução de 1675 desempregados inscritos há menos de um ano.
Uma situação que se assemelha nestes três anos analisados é que o grupo etário com mais inscritos vai dos 35 até aos 54 anos. No entanto, comparando os últimos dois anos foi igualmente a faixa etária que mais reduziu a taxa de inscrição (479), quando comparado aos restantes grupos. Situação que difere quando analisamos o grupo com mais de 55 anos, que registou um aumento de 63 inscritos, face ao ano de 2020.
Sobre o mercado de trabalho atual, podemos dizer que está dominado pela transformação digital e pelo Home Office, sendo que esta é uma tendência que veio para ficar e assim continuará. No entanto as áreas técnicas como por exemplo estofador, mecânica, pichelaria, estivador, soldador apresentam, já hoje, um défice significativo de profissionais.
Nesse sentido, é aconselhado que as pessoas devem disponibilizar-se para a Formação Profissional que seja capaz de ir ao encontro das necessidades do mercado de trabalho e, por outro lado, as empresas deverão apresentar condições suficientemente atrativas para motivar as pessoas a frequentar a Formação Profissional capaz de responder às suas necessidades.
Este é um desafio para que no futuro seja possível encontrar pontes de ligação entre as duas realidades. No entanto, um dos pilares será certamente a formação profissional como processo capaz de capacitar as pessoas para o mercado de trabalho, tendo como pano de fundo a sua evolução profissional e as necessidades das empresas.
Caso isso não aconteça, a combinação de desempregados de longa duração, naturalmente mais vulneráveis, com poucas competências ou qualificações, irá cada vez mais aumentar o risco de exclusão social, de pobreza e de desigualdade e agravará, os custos dos serviços sociais. ■