Joana Resende Opinião Vozes da Assembleia Municipal

OS DESÍGNIOS DA NAÇÃO NAS NOSSAS MÃOS

Estamos há praticamente dois anos a viver uma pandemia, algo que condiciona drasticamente a nossa vida pessoal, quer seja do foro económico, quer seja pessoal e emocional. Nesta altura, e face à bravura dos nossos profissionais de saúde, a um plano estratégico de vacinação excecional, o que poderíamos pedir ainda era tranquilidade. Que os objetivos individuais das nossas forças políticas não fossem egoístas, e se sobrepusessem aos interesses da nação, o mais claro objectivo da Constituição Portuguesa.

Toda esta crise política que se instalou pela razão apontada acima, seria completamente desnecessária se o objetivo fosse comum, e em prol dos interesses dos portugueses, que em momento algum pediram eleições antecipadas. Interrompeu-se um momento de crescimento, de desenvolvimento. Desde que António Costa é primeiro-ministro que Portugal tem crescido acima da média Europeia, aproximando-se dos países mais desenvolvidos, e com expectativas de maiores e melhores resultados.

Não vale a pena confundir os portugueses com a demagogia constante da ameaça da validação ou do chumbo do Orçamento de Estado. Aquilo que os Portugueses querem e esperam dos seus representantes é que olhem pelos interesses da nação em primeiro lugar, e que neste momento e face ao que vivemos se resume numa palavra: estabilidade.

Se depois dos debates o que vimos foi uma direita sem força e dividida, e uma extrema-esquerda à deriva, a solução que o nosso país mais precisa é de uma maioria absoluta do Partido Socialista, para que António Costa continue a fazer crescer e desenvolver o nosso país sem condicionalismos.

Precisamos de contas certas, centradas na recuperação sustentável da economia, com maior justiça fiscal e que continue a relançar Portugal no panorama dos países economicamente desenvolvidos, com os fundos europeus em convergência com a União Europeia.

 

Com maioria absoluta, o Partido Socialista tem a possibilidade de aplicar as medidas fiscais mais adequadas, capazes de ajudar o tecido empresarial nacional e atrair mais investimento estrangeiro. Será ainda capaz de avançar com os programas de inovação empresarial, de ajuda ao empreendedorismo e na aposta em tecnologias de ponta.

 

Será possível um maior compromisso com a ciência e a inovação, que tanto nos distingue além-fronteiras, cumprindo ainda o objectivo da modernização da formação profissional contínua ao serviço das pessoas, das empresas e, consequentemente, do país.

Depois do Partido Socialista repor tudo o que a direita tinha cortado no nosso Sistema Nacional de Saúde, é necessário ainda mais investimento neste e noutros serviços públicos, no sentido de valorizar, capacitar e inovar a Administração Pública.

Haverá ainda desafios claros ao nível das alterações climáticas, da natalidade, do emprego e habitação, de uma maior redução de desigualdades, de coesão territorial, de um reforço no investimento na cultura e na educação.

Mas tudo o que Portugal precisa e que nestas breves linhas deixei, só é possível com uma estabilidade política que está nas nossas mãos.

Não são os partidos a decidir as legislativas. São os Portugueses. E ao nosso povo só peço que, no momento de votar, se lembrem que neste momento tudo o que precisamos é de capacidade de resolução, de estabilidade, de possibilidade de governação.

Merecemos isso, e está ao nosso alcance. ■

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