Os dados demonstram que, no ano de 2022, os números de presenças diminuíram (-241) assim como o número de colheitas (-204), a nível nacional. Em Gondomar o número decresce face ao ano transato, segundo os diretores da Associação de Dadores de Sangue de Gondomar, Vítor Carriço e Vítor Freitas, contudo verifica-se que a zona rural tem mais número de presenças e consequentemente de colheitas.
“As freguesias do concelho de Gondomar que são mais rurais têm maior adesão no que toca às dádivas de sangue, pois são freguesias que estão mais envolvidas com a comunidade e isso faz com que tudo sejam mais dadas, o que não acontece na zona mais urbana”, esclarece Vítor Freitas. À excepção de São Cosme que continua com números elevados tanto de presenças como de colheitas. “A parte mais citadina normalmente é utilizada como dormitório ou então faz fronteira com o Porto e os cidadãos podem optar por ir ao Hospital de São João, Santo António ou IPO porque não têm conhecimento dos dias que nós estaremos presentes para a recolha de sangue”, acrescenta.
Verifica-se que as dádivas de sangue decresceram face aos anos de pandemia, em que os dados se mantinham praticamente semelhantes aos anos anteriores. “Na pandemia uma das excepções para sair de casa era de facto a dádiva de sangue e achamos que por isso as pessoas acabaram por fazê-lo na mesma intensidade”, sublinha Vitor Carriço.
Para dar sangue é necessário corresponder a alguns critérios como ter idade entre os 18 e os 65 anos, se for dador recorrente pode dar sangue até aos 66 anos, contudo para dar a primeira vez só pode dar até aos 60. Tem que ter um peso superior a 50 kg e sobretudo ser saudável. O intervalo de colheitas varia, nos homens é de 3 em 3 meses, nas mulheres é de 4 em 4 meses, devido às perdas de sangue mensais que têm. Também é possível no ato da dádiva inscrever-se para doar a medula óssea e pode fazê-lo se tiver entre 18 e 45 anos.
Neste período do ano os tipos de sangue que estão a ser necessários são o O positivo e negativo e o A negativo. “Dê sangue e salve duas vidas, de acordo com o Instituto Português de Sangue cada dádiva salva duas pessoas”, rematam os diretores da Associação de dadores de sangue de Gondomar.