Desporto Fânzeres e S. Pedro da Cova

MÓNICA SILVA CONTINUA A ACUMULAR VITÓRIAS NACIONAIS

Mónica Silva, reside em Gondomar, tem 40 anos, e continua a bater recordes pessoais no atletismo. Estivemos à conversa com a atleta recentemente campeã na meia-maratona de Ovar.

Como é que começou este gosto pelo atletismo?

Começou em Valongo do Vouga, onde nasci. Tinha 10 anos, não gostava nada de correr, ia uma vez ou duas por semana, e já era muito. Contudo sempre tive um pai que via em mim potencial. Ele jogava futebol, mas nunca teve o apoio dos pais, e quis dar-me a mim o que não lhe tinham dado. Quando competi pela primeira vez, aos 10 anos, fiquei em terceiro lugar, o que para mim foi muito bom. Aos 15 tive uma proposta para o Boavista, só que era muito nova e não queria arriscar. E tive uma proposta da Adecos, em Águeda, que me fez levar tudo mais a sério. Tínhamos transporte, treinadores, éramos muitos atletas, comecei a ter o “bichinho” para as competições. Antigamente eram mistas. As provas pela seleção é que o me motivam. 

Como é que concilia a vida pessoal com o atletismo?

Estive com o meu filho três anos, durante esse tempo tirei um curso de massagem terapêutica e desportiva. Agora que ele está na pré-primária já me possibilita treinar de manhã, e tenho um clube que me está a apoiar a 100%, o Macedo de Cavaleiros, o que me permite apenas dedicar-me ao atletismo. Na altura já tinha tirado o curso a pensar no futuro. Neste momento é possível para mim apenas treinar. 
Não é fácil conciliar, mas o meu companheiro ajuda-me imenso. Após a gravidez tive muitas lesões e não estava motivada e ele motivou-me. Isto é fundamental para um atleta. Claro que muitas vezes perco aniversários, saídas à noite nem pensar, é jantar e depois descansar. 

Quantas vezes treina por dia?

Normalmente duas. Uma hora e meia a duas de manhã e uma hora e meia ao fim do dia. Ao fim de semana costumo ter sempre provas, caso isso não aconteça, também, treino ao sábado de manhã. Os treinos são feitos no Porto. 

Tem alguma alimentação especifica?

Gosto muito de comer (risos), mas gosto de comer bem, somos o que comemos. Os fritos evito completamente, procuro muito, quando tenho uma prova importante, comer ao pequeno-almoço, aveia, proteína e muita fruta. No final do treino recupero, também, com os BCAS, tenho esse cuidado todo. Almoço sempre sopa, se não for ao almoço é ao jantar, carne ou peixe e verduras, sempre a acompanhar, bebo muita água. Lancho normal. Faço no mínimo seis refeições. Antes de ir dormir como sempre. Como tudo, normalmente o que evito são fritos. 
Tenho muitos cuidados com a recuperação, porque estou numa idade que requer o dobro. Noto diferença no rendimento dos treinos. 

A nível de provas, quais foram as marcas mais significativas após todo este processo? 

Ganhei a meia-maratona em Viseu.  Em Belfast, na Irlanda, fiquei em terceiro lugar, tendo em conta a situação que estava a passar consegui. Fui à meia-maratona de Ovar e fiquei em primeiro lugar, 21km, 1h23 min.

Quais são as perspetivas futuras?

É tentar ir em Abril ao campeonato da europa em meia-maratona. O ano passado foi em Roma, mas a federação achou que não estava no ranking, porque não tinha feito nenhuma maratona, atualmente não é por marca, mas sim pelo ranking. Como as outras atletas tinham feito a maratona, optaram por elas. Claro que era um sonho ir aos jogos olímpicos, mas as vezes treinamos e fazemos os mínimos e podemos ficar de fora. 

A Federação comparticipa as provas?

Sim, as internacionais. Quando é para representar Portugal, sim. 

Sente algum reconhecimento pelo Município de Gondomar? 

Eu só tenho de agradecer o grande apoio que me dão, o que me dá grande motivação de treinar pelas ruas de Gondomar. Contudo Gondomar não dá apoio aos atletas, infelizmente. Em Águeda já tive apoios, eles tinham um valor destinado a cada modalidade. Penso que, o Município de Gondomar, devia apoiar mais os clubes e os jovens daqui.  

Há algum agradecimento que queira fazer?

Quero agradecer ao meu pai, que me incutiu que continuasse quando era jovem. À minha família, principalmente, ao meu companheiro, que tem sido a peça fundamental, um agradecimento muito grande, ele tem sido a palavra de conforto e, sobretudo o não desanimar. Ao meu treinador que acredita mais em mim que eu própria, às vezes. Ao grupo de treino que nos ajudamos uns aos outros. 

Últimas Notícias

Compre mais local e habilite-se a ganhar prémios

6/12/2024

Exposição de fotografia “Islândia Natureza Ígnea” inaugura no Inatel Porto

6/12/2024

Jorge Santos: “Pretendemos estar o mais próximo possível das empresas e dar todo o apoio que precisem em tempo real”

6/12/2024

Hugo Madeira a fazer rir todos os meses no Chefe Barbosa

3/12/2024

Gondomarenses são vice-campeões europeus em patinagem

3/12/2024

GONDOMARENSE FOI CAMPEÃO EUROPEU DE REMO

3/12/2024

C.D. RIO TINTO UM CLUBE AGREGADOR E FAMILIAR

3/12/2024

Encontro desportivo no âmbito do Projeto GreenTeam

3/12/2024