Miguel Silveira, aluno da Escola Secundária de Rio Tinto, foi o vencedor das Olimpíadas de Geologia a nível nacional. Miguel já estava integrado no projeto de Ciência Viva da Escola e foi através da envolvência do aluno nesse projeto que a professora Natália Ferreira, que também e coordenadora das olimpíadas portuguesas de geologia e do projeto do Clube de Ciência Viva, percebeu que o aluno tinha potencial para participar.
As olimpíadas de geologia consistem numa prova com parte teórica e prática. A parte teórica engloba 40 perguntas sobre a matéria lecionada nas aulas e algumas outras “fora a caixa”, que só com algum conhecimento é que se consegue responder. A Parte prática consiste numa prova de campo e de identificação de minerais e rochas, onde se tem de examinar o que está na local e percecionar que tipo de rocha é.
“São as Olimpíadas mais difíceis em Portugal, porque além de terem a parte teórica que por si só já é complexa, ainda têm a componente prática que não se baseiam simplesmente nas experiências de mão, que são as que fazem nas aulas, mas também nas de campo que por si só já é um desafio, por não a terem nas aulas, nem estarem habituados a esses ambientes”, explica a Diretora de Turma e professora de Biologia e Geologia, Claúdia Vieira.
As Olimpíadas têm como objetivo principal encontrar uma equipa que vá representar Portugal nas internacionais das Ciências da Terra. “Não são só umas Olimpíadas por Olimpíadas para encontrar o melhor de Portugal ou quem teve o melhor resultado é para encontrar uma equipa que represente Portugal no concurso internacional, que após a pandemia passou a ser online”, refere a coordenadora das Olimpíadas portuguesas de Geologia, Natália Ferreira e acrescenta que “foi a capacidade que o Miguel tem de ver mais longe de conectar, convergir, olhar de uma perspetiva mais distante e conseguir conciliar vários conceitos que o fez vencer estas Olimpíadas”.
As provas dividem-se em três fases. A primeira fase é a fase escolar, seguida da Regional e as finais. Na fase escolar participaram 2285 alunos de 142 escolas, em que a média de pontos rondou os 35 pontos, o Miguel teve 31. Para a fase regional passaram 341 alunos, com o objetivo de ficarem apenas 25 alunos para os nacionais, que de 0 a 40 o Miguel teve 30 pontos. Na Final, o Miguel foi o vencedor e vai perfazer o grupo para o concurso internacional.
“Ter ganho para mim foi uma mais-valia, acho que estes conhecimentos me vão ser uteis no futuro. Até porque o prémio das Olimpíadas engloba, além do computador, uma semana de aulas, com professores das mais diversas áreas, que também nos preparam para o internacional”, contou Miguel Silveira.
A prova internacional decorre de 20 a 26 de Agosto.