Marlene Pinto, natural de S.Cosme e residente em Fânzeres, é uma das vozes mais promissoras do concelho, após o sucesso da música “Sabão em Pó”, aposta agora numa carreira a solo com a música “Maior Desgosto” que já conta com mais de 20 mil visualizações no Youtube. O VivaCidade esteve à conversa com a cantora/fadista.
Como é que começou o gosto pela música? Conte-nos um pouco do seu percurso.
Desde que me lembro sempre tive este gosto em cantar. Com o passar do tempo fui começando a integrar alguns grupos de música. Participei inclusive, aos 18 anos, na Primeira Edição dos Ídolos, fui até às galas. E, depois, fui fazendo concursos de karoke e integrando bandas de todo o tipo de música, porque até backing vocal de uma banda de heavy metal já fui. Há 8 anos dediquei-me por completo ao fado. Fiz algumas participações em algumas casas de fado, evento de fado, quando fui convidada a integrar a equipa da Cruise Europe que é uma frota de barcos belga que faz os cruzeiros no nosso rio Douro, um barco hotel e até hoje encontro-me a fazer espetáculos nesta empresa.
Quando é que se apercebeu dessa paixão pelo fado?
Por incrível que pareça muito nova. Antigamente o que se ouvia lá em casa era o fado, Cidália Moreira e Amália Rodrigues. Gostava muito de ouvir Cidália Moreira porque me transmitia coisas diferentes. À medida que ia ouvindo o fado cada vez mais me sentia completa até que me convidaram a experimentar cantar e eu senti-me realizada (emociona-se). Foi aí que começou o meu gostinho pelo fado, era muito nova, comecei a cantar com 17 anos. A minha referência no fado é Cidália Moreira, por muito que cante Amália também, gosto muito de cantar Cidália Moreira.
Ficou conhecida pelo grupo Senhoritas, com a música “Sabão em pó”, como é que surgiu este projeto?
Participei a convite na altura da colega achei o projeto interessante ia trazer um pouco das duplas brasileiras para Portugal. Achei que poderia ter uma projeção diferente daquela que teria se ingressasse neste mundo sem este projeto. Nunca deixando o fado e conciliando os dois sempre. Não me vejo sem o fado.
As senhoritas separaram-se e agora está numa carreira a solo correto? Qual é o projeto que pretende agora trazer para a ribalta?
Sim. Relativamente a este projeto novo a solo que estou inserida continua a ser com a VDisco. Pretendemos fazer uma junção multicultural, ou seja, um projeto que pretende trazer para Portugal um pouco dos ritmos brasileiros misturando com a guitarra portuguesa. Acho fundamental darmos visibilidade ao brilhante som reproduzido pela nossa guitarra portuguesa, mas inovando também. A música que lancei recentemente “Maior Desgosto” foi composta por cinco compositores brasileiros. Foi produzida pelo Luís Marante, que mora também aqui em Fânzeres. O Luís é incrível ele consegue percecionar aquilo que nós queremos mal falamos com ele.
A música o “Maior Desgosto” tem mais de 20 mil visualizações, em tão pouco tempo, era o que esperava?
Digo isto muitas vezes o sucesso pode ser momentâneo ou pode ser construído e prefiro ter uma linha de trabalho e ir construindo as minhas coisas e acho que esta música está a superar as minhas expectativas. Não estava a contar que em poucas semanas tivesse 24 mil visualizações, quando não existe um videoclipe para associarem a voz à cara.
Neste projeto vai lançar mais algum single correto? O que podemos esperar?
Sim. Vamos gravar o segundo single, mas também estamos a pensar gravar o videoclip do “Maior Desgosto” e não sei se sai primeiro o videoclipe ou a música nova. Ainda estamos a analisar bem o que vamos fazer, ou sairá primeiro o videoclipe ou o single. Mas esta nova música será mais ritmada.
Qual é o seu sonho?
É que este projeto vingue, porque tem muitas pernas para andar. Esta junção multicultural é extraordinária. Quero ser sempre acompanhada sempre pela guitarra portuguesa, com os meus guitarrista Emílio Monteiro (de S.Cosme) e José António Pinho, na viola, (S.Cosme). Isso é uma certeza. Também gostava de imenso de atuar na minha terra, Gondomar.
A quem deve um obrigado?
Se há uma pessoa que eu tenho de agradecer é ao José Malhoa, sinto que ele me tenta projetar, e foi ele que me ofereceu a primeira gravação do meu primeiro CD de fado. É com ele que me aconselho muitas vezes. Tenho de agradecer à VDisco, ao Luís Marante, acho que está a fazer um trabalho excelente. Também gostava de agradecer às rádios locais por estarem também a apoiar na promoção da minha música e dizem que a minha música é uma das mais pedidas.
Agradecer à minha família que sempre me apoiou. Sempre tive o apoio deles, nós precisamos de ter uma base familiar muito boa para seguir este sonho.
Quem quiser seguir o meu percurso é através das minhas redes sociais:
Instagram: Marlene_pinto_oficial
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