Concelho de Gondomar Sociedade

Jorge Santos: “Pretendemos estar o mais próximo possível das empresas e dar todo o apoio que precisem em tempo real”

A Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG) tem 123 anos e há dois anos tem uma nova direção. Jorge Santos é a nova cara da Associação e esteve à conversa connosco para falar dos novos projetos.

O que é a ACIG? O que podem fazer para dinamizar as pequenas e médias empresas?

Nós pretendemos estar o mais próximo possível das empresas e dar todo o apoio que precisem em tempo real, para que comecem a servir-se da Associação, quando têm algum problema ou alterações de decreto de lei, estarmos cá, também, para dar apoio jurídico. Voltamos à CCP – Confederação e Comércio de Serviços de Portugal -, que é a cúpula das associações empresariais sejam concelhias ou setoriais, outrora já tínhamos feito parte da direção da CCP. E, ainda, a parte da formação irá iniciar em 2024, para dar conhecimentos às empresas, que sejam geridas de acordo com o que precisam, não impondo já formações pré-definidas. Iremos dar formação de acordo com o que as empresas necessitam, e, completamente, gratuitas. 
Quando assume a função de presidente como encontra a ACIG? 

A ACIG estava sem dinâmica. Isolada por culpa das pessoas que estiveram anteriormente. O legado não foi fácil. Estes dois primeiros anos foram para recuperar a credibilidade perante as instituições, como a Câmara Municipal de Gondomar e as Juntas de Freguesia, algumas associações empresariais e não empresariais. As relações estavam completamente cortadas. 

Estavam cortadas porquê?

A Associação estava isolada, devido a incompatibilidades e acharem que não precisavam de ninguém. As associações só são fortes se tiverem todos do mesmo lado. Estive, anteriormente, numa associação durante dez anos, em que era preciso gerir diferentes tipos de pensamento e tentar conjugar tudo. A ACIG ficou tão isolada, tirando os órgãos sociais, que nem todos faziam parte ativa, isto era quase uma “mono associação”. Uma associação de um homem só. As associações não sobrevivem assim. As pessoas que cá estavam não conseguiam tirar a camisola individual, partidária e vestir a camisola da associação e isso não foi benéfico. 

Já recuperou a credibilidade que pretendia na Associação?
Estamos quase lá. 

O que falta?

Estamos no ponto de viragem. Tivemos vários acidentes e surpresas negativas. A nível económico não era viável, o que se recebia não correspondia ao que se tinha de pagar.  Queremos que a Associação funcione com alguma independência. 

O que é que pretende trazer para a Associação?

Primeiramente queremos que tenha estabilidade financeira, que seja autossuficiente. Voltar a ter uma parte ativa com os empresários do concelho, dar apoio jurídico, formação e tudo o que seja necessário. Normalmente, as empresas que temos no concelho são microempresas ou empresas familiares, até porque as grandes empresas não precisam tanto do apoio da Associação, porque têm departamentos para isso. 

Objetivos futuros?

O foco no próximo ano é a formação. Temos protocolos com as Juntas de Freguesia de Melres e Medas e Foz de Sousa e Covelo para que a formação quando realizada no alto concelho, seja próximo das habitações de cada empresa, de modo a evitar deslocações. 

Este ano ainda vamos fazer alguns eventos, inclusive este Natal, temos uma parte ativa com a Câmara Municipal de Gondomar, nas ações de Natal do concelho. Pretendemos continuar a marcar a nossa presença nas atividades do concelho, bem como abrir o auditório à comunidade civil, seja para debates políticos, tertúlias, etc. Iremos fazer uma gala do empresário, no primeiro semestre de 2024, com o intuito de evidenciar que a associação está viva. Para mostrar, relembrar e para que os demais regressem, juntando também a indústria e a ourivesaria. Queremos colocar a ACIG no foco nacional. Em 2025 iremos ter coworking para empresas e empresários, na nossa sede. O principal objetivo é, sobretudo, que a nossa casa volte a ter vida, até porque o nosso slogan é “Comércio Com Vida”.

O presidente tem alguma remuneração associada ao seu cargo?
Não, é completamente a favor da associação, não recebo nada por isso. É apenas para promover e dar uma nova voz e uma nova vida a esta Associação. É apenas isso que recebo a nova vida que a Associação possa vir a ter. 

Como é que as pessoas se podem associar?

Primeiramente ser empresário, preencher o formulário e pagar 10 euros por mês. Ser associado é uma forma de apoiar a Associação, contudo estamos aqui para ajudar a comunidade de empresários. 

Há alguma mensagem que queira deixar aos gondomarenses? 

Espero que esta entrevista sirva para quem a leia volte a pensar ser associado porque estamos aqui para os servir. Temos cerca de 600 associados. A Associação de Gondomar é para fazer por Gondomar! É a associação do nosso concelho.

 

 

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