Isabel Sobral é a candidata do Juntos Pelo Povo à Câmara Municipal de Gondomar. Estivemos à conversa com a candidata.
Quem é Isabel Sobral?
Sou gondomarense e advogada. Cresci a acreditar que a palavra empenho não se diz: pratica-se. Na minha profissão aprendi algo fundamental: escutar. Escutar com verdade e empatia, tentando compreender a realidade de quem procura apoio. Sou uma cidadã comum, que se recusa a ser cúmplice do conformismo.
Cresci em São Cosme, Gondomar, onde construí as minhas raízes e onde exerço advocacia há quase duas décadas. Nunca ocupei cargos políticos nem fui militante de nenhum partido. Mas sempre acompanhei, com espírito crítico e sentido de responsabilidade, a vida pública do concelho.
O que a levou para a política?
Entrei na política porque acredito numa nova geração de decisores públicos: mais humanos, mais livres, mais conscientes. Porque ouvi demasiadas histórias de quem se sente ignorado. Chegou o momento de dar voz a quem nunca foi ouvido.
Porque se candidata à Câmara Municipal de Gondomar?
Candidato-me porque Gondomar merece mais. Porque conheço a realidade do concelho, as suas potencialidades e fragilidades. Vejo freguesias esquecidas, bairros degradados, oportunidades desperdiçadas. Quero uma Câmara que governe com transparência, verdade, proximidade e coragem.
Na sua ótica, quais são as necessidades do concelho?
Gondomar precisa de soluções reais, não de promessas. Queremos uma política de habitação justa, que combata as rendas incomportáveis, e um concelho coeso, onde todas as freguesias tenham acesso aos mesmos serviços. É fundamental ouvir os jovens, apoiar os idosos, integrar quem chega e cuidar de quem cá vive. Defendemos cultura acessível, transportes públicos eficazes e uma política ambiental concreta. E, acima de tudo, uma câmara que esteja verdadeiramente ao lado das pessoas.
A água é um bem público, não um negócio. Queremos reverter a atual concessão, criar uma empresa municipal e aplicar tarifas justas.
No estacionamento, propomos rever o contrato da concessão, garantir zonas gratuitas para residentes e apoiar o comércio local.
Quanto à mobilidade, a Rede UNIR não serve as necessidades do concelho. Defendemos uma rede eficaz entre freguesias e a extensão do Metro até à sede do município – uma questão de justiça e desenvolvimento.
No IMI, propomos justiça fiscal: a taxa deve ser fixada no mínimo legal para habitação própria permanente, em todas as freguesias, sem discriminações.
Gondomar precisa de proximidade, coragem e verdade. E de uma política feita para as pessoas.
O que seria um bom resultado?
Para mim, um bom resultado será o reflexo da vontade de mudança dos gondomarenses. Vencer seria uma honra, mas mais importante do que o resultado é quebrar o ciclo da resignação e devolver esperança às pessoas. Esta candidatura é o início de uma nova forma de fazer política: com empatia, transparência e participação.
Faria coligação? Com que partido(s)?
Quanto a eventuais coligações, só serão ponderadas após as eleições e apenas se servirem o interesse do concelho. O JPP é um movimento de cidadãos e não trocaremos princípios por lugares.
Que mensagem gostaria de deixar aos gondomarenses?
Queridas e queridos gondomarenses,
Esta candidatura nasce de pessoas comuns, como vocês. Pessoas que vivem, trabalham e sonham em Gondomar. Que conhecem as dificuldades, sentem as desigualdades e recusam continuar a assistir de braços cruzados.
Se não se reconhecem no que têm visto, convido-vos a reconhecerem-se neste projeto. Não vos trago discursos prontos. Trago um compromisso real: ser a vossa voz dentro da Câmara e o vosso ouvido cá fora, nas ruas. Quero escutar-vos, aprender convosco e representar, com verdade, cada um de vós.
Acredito que a política deve regressar às pessoas, sem filtros nem interesses escondidos. Por isso, apresentamo-nos de frente, com ética, coragem e total transparência.
É com todos – mesmo com quem duvida – que queremos construir um Gondomar mais justo, mais próximo e mais humano. Um Gondomar onde ninguém fique para trás.
Por todos. Com todos. Sem medo.