A Associação do mês de abril é a S.C. Dez de Junho, que se situa na Freguesia de Medas, o VivaCidade esteve à conversa com o Presidente Indalécio Paiva. Este ano a Coletividade está a celebrar quatro décadas de fundação- 40 anos. Uma data importante, para uma Associação que acredita que marca a diferença no Alto Concelho.
Conte-me um pouco da vossa história, como é que a Associação foi fundada?
A Sociedade Columbófila Dez de Junho – Desporto, Cultura e Recreio, foi fundada no lugar de Broalhos, Freguesia de Medas a 10 de Junho de 1980- este ano celebra 40 anos. Surgiu da vontade de um grupo de amigos da terra unir numa só coletividade, um grupo de columbófilos e o Ginásio de Broalhos (mais ligado ao Futebol). Até 2006 a columbofilia e o futsal (Futebol de salão) foram as atividades principais, entretanto reflexo dos tempos a columbofilia acabou, o futsal já perdeu também destaque e a S.C. Dez de Junho viu crescer uma nova dinâmica cultural e artística. A Dança, a Música Tradicional e o Teatro, são desde então e até ao presente os três pilares da associação, tanto na formação como na performance.
A vossa Associação incorpora quais atividades?
Neste momento em atividade na S.C. Dez de Junho como referi anteriormente, temos a Dança, a Música Tradicional e o Teatro, como principais atividades. E com muito orgulho destaco a nossa formação: Escola de Dança, Escola de Música e Escola de Teatro Infanto/Juvenil. Temos ainda aulas de ginástica de manutenção, um grupo de BTT e um grupo de caminhadas.
Vocês realizam alguma atividade que se destaque devido à relevância da data?
Felizmente o dinamismo da nossa associação permite destacar durante o ano a realização de eventos de grande impacto e relevância na nossa comunidade. Destaco assim: o Encontro Nacional de Janeiras (Janeiro); o Festival de Teatro (Fevereiro a Junho); o Festival de Dança (Junho); as Jornadas Culturais (Junho e Julho); e o Encontro de Música Tradicional Portuguesa (Julho). Não posso também deixar de referir que ao longo de todo o ano, os nossos grupos de Dança, Teatro e Música Tradicional (DOUROENCANTO), participam por todo o país de norte a sul em eventos artísticos.
Acreditam que a vossa Associação é importante para a Freguesia de Medas?
Claro que sim!... mas, não só para a freguesia!... humildemente e orgulhosamente tenho a convicção que a “Dez de Junho” tem uma importância muito relevante no Alto Concelho no que respeita a eventos no “nosso território” e também para o concelho de Gondomar, na medida em que, muitas vezes leva a cultura e a arte das nossas gentes (como também referi anteriormente) de norte a sul de Portugal.
Quantos integrantes fazem parte da vossa Coletividade e qual a faixa etária mais recorrente?
Cerca 70 Crianças (dos 4 aos 16 anos) participam na Dança, música e Teatro. Nas restantes atividades cerca de 100 elementos ativos. Neste momento, temos cerca de 300 associados nas listas e ativamente cerca de 170.
Como é que os futuros integrantes podem fazer parte da Associação?
Quantos aos futuros integrantes, basta dirigir um email [email protected] ou mesmo passar na nossa sede social. Temos ainda, a possibilidade pelo meio online uma forma muito simples de formalizar essa vontade por quem quiser fazer parte da nossa Associação que está disponível na nossa página do Facebook.
Vocês recorrem às vossas redes sociais para partilhar os vossos projetos?
Quanto às nossas redes sociais, tentamos manter essa ligação com os sócios e simpatizantes através de uma página oficial no Facebook e Instagram #scdezdejunho.
Como é que funcionam as atividades?
Semanalmente com aulas e ensaios em horários adequados às respetivas atividades, na nossa sede social e na Casa Cultura de Broalhos.
Têm em vista algum projeto futuro?
Temos dois. Primeiramente, estamos em processo de “candidatura” a Instituição de Utilidade Pública. E o segundo projeto futuro, é a construção de um Palco ao Ar Livre no exterior da nossa sede social.
Acredita que está situação do Coronavírus poderá prejudicar o futuro da Associação?
Sempre fomos uma associação previdente e a auto-sustentabilidade está sempre presente nos nossos planos de orçamento e atividade. Não acho que esta situação poderá prejudicar o futuro da Associação, tenho a esperança que a vontade de todos em voltar rapidamente à dinâmica habitual fará superar os danos colaterais desta pandemia e consequente isolamento social.
Sentem o apoio das entidades competentes?
Temos o dever de o referir, pois, o apoio nem sempre são os subsídios pecuniários. E sim! Sentimos esse apoio na presença nos nossos eventos, na facilitação da organização logística e na cedência de instalações equipamentos.
Qual o conselho que quer deixar à população nesta fase de debilidade de saúde pública?
Tenho o desejo que a responsabilidade de contenção, prevenção e isolamento social que a todos nos obrigou esta pandemia, nos deixará mais “próximos”. Partilho aqui um desabafo que li de uma amiga que vive nos Açores: “Certamente não vai estar tudo bem, nem tem que estar e será importante que ninguém se sinta obrigado a achar que vai. Talvez assim, nos pudéssemos ajudar mais a nós próprios e aos outros e ficar mais focados no que verdadeiramente importa, mantendo a força para passarmos este tempo e nos prepararmos para o que virá”. Coragem, responsabilidade e esperança. ▪