
Foi oficialmente inaugurada, a 30 de outubro, a Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT). A Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) associou-se ao projeto da Junta de Freguesia e acolheu a inauguração da nova unidade.
“O projeto já estava pensado há muito tempo”, começou por garantir Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, em entrevista ao Vivacidade. “Este projeto era uma das necessidades da freguesia”, acrescenta, e, agora é uma realidade.
Com mais de 200 inscrições, a USRT inaugurou a 30 de outubro na ESRT e inclui disciplinas como Ambiente e Sustentabilidade, Artes Decorativas, Francês, Inglês, Informática, Internet, Hidroginástica [nas Piscinas Municipais] ou – mais recentemente – História de Rio Tinto.
As aulas tiveram início a 3 de novembro e Nuno Fonseca, caracterizou este início como “extremamente positivo.” “Ultrapassou as nossas expectativas. O espaço na ESRT foi recentemente alargado mas verificamos que já não era suficiente para tantos alunos, quer da escola, quer da universidade, por isso vamos ter novos polos da Universidade Sénior, onde os alunos vão ter aulas”, esclareceu.
Centro Cultural de Rio Tinto vai acolher sede da USRT
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Durante a inauguração da Universidade, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, revelou que o Centro Cultural irá brevemente reabrir ao público com pelo menos duas finalidades: um posto da Câmara para descentralizar alguns serviços do município e a sede da Universidade Sénior de Rio Tinto. Marco Martins mostrou-se disponível para “apadrinhar” a USRT, numa cerimónia onde também discursou o presidente da RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), Luís Jacob, o presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca e a diretora do agrupamento escolar, Luísa Pereira.
“Infelizmente o Centro Cultural de Rio Tinto esteve fechado durante muitos anos e precisa rapidamente de uma intervenção da Câmara para reabilitar aquele espaço. A minha vontade é reabrir o Centro Cultural o mais rapidamente possível”, explicou ao Vivacidade, o presidente da Junta de Rio Tinto.
Universidade Sénior de Gondomar inspirou projeto de Rio Tinto
Ao Vivacidade, Nuno Fonseca explicou que a Universidade Sénior de Gondomar foi “um modelo a seguir” para o projeto da Junta. “Obviamente que a Universidade Sénior de Gondomar é um modelo a seguir, porque é uma das maiores do país e porque continua a aumentar o número de alunos e de disciplinas. As duas Universidades partem de duas autarquias e estão vocacionadas para a população. São projetos sociais e que servem para dotar os territórios destes equipamentos. Não há qualquer tipo de rivalidade entre elas e tenho a certeza absoluta que vamos fazer projetos em parceria”, finalizou.
Portugal é o país com mais Universidades Seniores do mundo
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Luís Jacob preside a RUTIS - Associação Rede de Universidades da Terceira Idade – e esteve presente na inauguração da Universidade Sénior de Rio Tinto. O Vivacidade esteve à conversa com o dirigente que explicou que Portugal é “alvo de análise de vários países que procuram replicar o modelo” das nossas Universidades Seniores.”
Presente na inauguração da Universidade Sénior de Rio Tinto, Luís Jacob, não escondeu a importância do surgimento de mais uma unidade no concelho. “É sempre importante o nascimento de mais uma universidade. Rio Tinto fica agora com duas universidades, uma promovida pela Junta de Freguesia e outra promovida por uma associação. É sempre uma mais valia ter novas universidades, sobretudo em Rio Tinto, que tem uma grande população. A partir de agora os seniores vão ter mais um sítio para poderem aprender, partilhar e combater a solidão”, afirmou em entrevista ao Vivacidade.
O conceito das Universidades Seniores já foi acolhido por diversas autarquias e instituições portuguesas que perfazem um total de 234, atribuindo a Portugal o lugar cimeiro no ranking mundial de países com mais instituições deste tipo. “Somos o país com mais Universidades Seniores no mundo inteiro. Temos 234 universidades o que mostra que as pessoas aderiram muito bem a este projeto, que só é possível com a adesão dos nossos cinco mil professores voluntários, coisa que não existe nos outros países”, garante Luís Jacob. “A nível europeu já é normal apostar na educação dos mais velhos e serve para provar que a idade não é um obstáculo. Somos alvo de análise de vários países que procuram replicar o nosso modelo.” acrescenta o presidente da RUTIS.