Cultura Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim

Hugo Midão atua em palcos gondomarenses

Hugo Midão, valboense, de 46 anos é um dos comediantes mais vistos nas plataformas online do tik tok e no instagram. Atuou no restaurante Chefe Barbosa em Gondomar que esteve repleto de fãs para assistir ao seu espetaculo, em conjunto com Hugo Madeira. O Vivacidade esteve à conversa com o comediante.

Como é que começou na comédia? 

Foi na pandemia. É uma coisa intrínseca em mim. Desde muito novo que sou o palhaço do grupo e é uma coisa que está comigo. Não me vejo a ter outro registo, não me identifico com outra coisa. Para começar tenho de enquadrar isto com o Tik Tok, na altura da pandemia que ficamos todos em casa fechados. Uma prima minha mostrou-se essa aplicação. Achei engraçado. Como sou da área do marketing e gosto de produzir conteúdos, fiz um vídeo e pus no Tik Tok e, no imediato, teve imensas visualizações. Fui fazendo vídeos e vi que tinha resultados. Após o Tik Tok criei o Facebook e o Instagram, comecei a ter visualizações e comecei a querer mais e mais. 

Como é que tem ideias para criar o conteúdo?

As ideias surgem do dia-a-dia, coisas do que vivemos e observamos. Normalmente, quando são vistas não têm qualquer piada, mas quando passadas com algum exagero ou através da comédia começa a ser engraçado. Vejo alguma coisa que ache engraçado seja de política, dos outros países, ou até de colegas e começo a ter uma ideia, começo a construí-la e altero o que tenho para alterar. Desde o pensamento da ideia, ao guião e à própria edição do vídeo é tudo feito por mim.  Tudo o que está nas minhas redes sociais é tudo feito por mim. 

Como concilia o trabalho com a comédia?

Às vezes é difícil porque tenho de “roubar” tempo à família para conseguir gravar. Um vídeo pode demorar quatro a cinco horas a gravar, mesmo que seja só de 30 segundos. Pode não sair à primeira, as luzes, os ângulos, as gravações ou até mesmo a edição. A montagem do vídeo dá muito trabalho. Tem de ser nos tempos livres, fins de semana e feriados, etc. Como o meu filho e a namorada alinham nos vídeos, às vezes saímos ao fim de semana e eu aproveito para gravar e depois edito durante a semana. De qualquer forma é divertido, tanto nas gravações, nas falhas, é tudo engraçado, torna-se engraçado efetuar estas gravações. 

É remunerado pelos vídeos que faz?

Em Portugal os vídeos, ainda, não são pagos pelo número de visualizações que os vídeos têm. Nós conseguimos algum valor porque as pessoas nos enviam alguns presentes nos diretos que fazemos ou então com parcerias, no sentido de gravarmos alguns vídeos nos espaços deles. É por aí que somos remunerados.

Já faz atuações em palco, como é que está a ser feita essa transição do online para o palco? 

Relativamente ao Stand Up é uma coisa mais recente. Como tenho muitos seguidores no instagram, tik tok e Facebook, que juntando todos perfaz cerca de 400 mil seguidores, há sempre uma procura de ver a pessoa no palco. Esse foi o desafio que me foi colocado. Tive de preparar texto e o próprio espetáculo em si, com a ajuda de profissionais da área. Fiz o primeiro espetáculo em Águas Santas e correu bem. Gostei de estar no palco.  Nos espetáculos ao vivo, contrariamente aos vídeos, faço sempre sozinho. Nos vídeos como muita coisa pode ser feita em casal e aproveito e faço com a minha namorada. 

Como é feita a gestão em palco?

Estar no telemóvel e em palco é diferente, porque nos vídeos com o telemóvel são coisas que se gravam e se pode repetir, é pensado e ensaiado. No palco por muito que se ensaie estamos ao vivo, é algo no imediato. Pedi ajuda à Bang Produções e em conjunto conseguimos fazer um guião, com histórias da minha vida e fomos apanhando algumas questões que podiam ser comédia, desde a educação da minha avó, aos meus pais, ao meu filho e à minha namorada. 

Como é que correu o espetáculo no Restaurante, gondomarense, Chefe Barbosa?

O povo aqui do Norte, em geral, é muito participativo e caloroso, ri-se e bate palmas, que é isso que nós queremos. No Chefe Barbosa não foi exceção. O que nós precisamos no espetáculo de Stand Up é o riso, e é nisso que percebemos se a piada é engraçada ou não. É como um artista quando canta gosta das palmas nós gostamos do riso. Foi um público excelente.

A quem gostaria de agradecer? 

Primeiro à família, à minha namorada que alinha em tudo, ao meu filho e aos meus pais. A nível profissional à bang produções porque sem eles era difícil conseguir estar em palco. Ao Hugo Madeira que me convida sempre para ir aos espetáculos. Ao sir Miguel, ao Bicalho, e a todos os que me ajudaram para estar em palco. Isto é que nos dá animo para estarmos com as pessoas e continuarmos nisto. 

 

 

 

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