Entre os dias 27 e 29 de junho, o Polis e Casa Branca de Gramido receberam várias iniciativas. A inauguração da Loja Interativa do Turismo, os 167 anos da Convenção de Gramido e a 1.ª D’Ouro Run, trouxeram milhares de pessoas à marginal do rio Douro, em Gondomar. O Vivacidade acompanhou as atividades realizadas durante os três dias.
Sexta-feira, 27 de junho:
Pouco passava das 16h45, quando o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, chegou à Casa Branca de Gramido. Objetivo? Inaugurar a Loja Interativa de Turismo de Gondomar, um equipamento concebido em parceria com a Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal (TPNP), que passará a servir os turistas portugueses, estrangeiros e os gondomarenses curiosos.
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Inauguração da Loja Interativa de Turismo de Gondomar / Foto: Ricardo Vieira Caldas[/caption]
Tecnologicamente desenvolvido, o novo posto está ligado em rede às restantes lojas do TPNP através de uma mesa interativa ‘multi-touch’ e dispõe também de um ecrã panorâmico com material promocional, vídeos, uma mapa interativo e imagens tridimensionais. Para além da loja, o concelho conta agora com três promotoras virtuais [no Largo do Souto, em S. Cosme, Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, e Gramido, em Valbom].
26ª loja no país é inovadora na tecnologia
No novo ‘espaço lounge’, na Casa Branca, criado também para a Loja Interativa, juntaram-se dezenas de pessoas, entre as quais vários presidentes de Junta, vereadores e funcionários da Câmara Municipal.
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Marco Martins, presidente da CMG"É mais uma marca para Gondomar"
Carlos Brás, vereador do Turismo da CMG
"A loja interativa valorizou a margem do Douro em Gondomar"[/caption]
Melchior Moreira, presidente da entidade regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, descerrou a placa juntamente com Marco Martins e foi o primeiro a discursar. “De todas as lojas que inaugurei esta é aquela que me deixa com um orgulho muito especial”, declarou ao público presente. Melchior elogiou a definição estratégica e visionária do presidente da Câmara, na aposta do turismo e revelou algumas vantagens da criação da Loja Interativa. “Gondomar fica agora ligada a todo o mundo e tem a oportunidade de alavancar a economia regional já que a loja passa a vender artigos de Gondomar”, disse.
A 26.ª loja do TPNP, em Gramido, Valbom – de um total de 65 que a entidade pretende criar – terá à venda artigos de todo o país, da Galiza e vice-versa.
Um “dia especial e diferente”, considerou Marco Martins. “Gramido e o Douro para nós são emblemáticos. Quando tomamos posse, este espaço estava fechado. Gondomar tem um conjunto de produtos referenciados que pode vender: o rio Douro, a Gastronomia, a Filigrana, a Natureza”, mencionou.
A inauguração contou ainda com uma demonstração da mesa interativa e da nova aplicação, criada para Gondomar, para smartphones Android e iOS.
No final, perante a presença de diversas entidades do concelho e do país, como, por exemplo o vice-presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte, Álvaro Carvalho, e a diretora do CINDOR, Eunice Neves, assistiu-se a um espetáculo de moda, junto ao Polis de Gramido, com demonstrações de filigrana e animação de fogo.
Sábado, 28 de junho:
A Inauguração da Loja Interativa de Turismo, foi apenas o ponto de partida. A propósito dos 167 anos da Convenção de Gramido, sábado foi dia de festejar a assinatura do documento assinado em Valbom, que selou a paz após um ano de guerra civil (1846-1847) em Portugal.
Convenção de Gramido festejada a rigor, sem esquecer as tradições
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A ACGITAR apresentou a peça "O Homem das Calças Amarelas" / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]
Às 10h30, o mercado das tradições abria ao público. As comemorações começaram na sexta-feira, após a inauguração da Loja Interativa de Turismo, com a abertura do mercado e uma atuação noturna dos grupos Canto D’Ouro, do Orfeão de Gondomar, e Arco do Bojo, no palco exterior.
Os 167 Anos da Convenção de Gramido - documento que pôs fim à guerra entre cartistas e setembristas, após a Revolução da Maria da Fonte - serviram de mote para um fim de semana repleto de atividades. Teatro, música e jogos tradicionais foram algumas das iniciativas que animaram um público de todas as idades, no interior e exterior da Casa Branca de Gramido.
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Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]
“A nossa ideia foi envolver as associações na apresentação de um momento marcante da história do concelho que deu origem à paz, após a guerra civil (1846-1847)”, afirma Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, “satisfeito” com o fim de semana de comemorações.
Durante a tarde, a zona do Polis recebeu o Quinteto de Metais da Banda S. Cristóvão de Rio Tinto. Após o momento musical seguiu-se a peça “Bzzzoira Moira”, apresentada pelo grupo de teatro Marionetas de Mandrágora. À noite fez-se silêncio no concerto “Até à Paz”, para uma brilhante atuação de Ana Maria Pinto, acompanhada à guitarra por Rui Namora.
No último dia, o ponto alto foi a apresentação de um trabalho de investigação de Filipe Correia, mestrando em Arqueologia, e Rui Pais, mestre em História Contemporânea, sobre a Convenção de Gramido.
Os Casa Branca existiram?
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Investigadores Filipe Correia e Rui Pais / Direitos Reservados[/caption]
“Queríamos saber o que significava a Convenção de Gramido e quem tinha estado lá para a assinar no dia 29 de junho de 1847. Conseguimos chegar a algumas conclusões e desmistificar alguns factos que ainda não estavam claros”, diz Rui Pais.
Os jovens investigadores apresentaram os resultados iniciais na comunicação “Casa Branca de Gramido - História e Memória”, durante a tarde de domingo. “O aspeto mais interessante foi conseguirmos chegar aos verdadeiros Casa Branca. Sempre ouvimos falar da família como negociantes abastados, mas o nome que nos sugere Camilo de Oliveira não corresponde aos nomes que encontramos. Neste momento temos três personagens que assinavam com o nome Casa Branca, mas o registo perde-se no final do século XIX e início do século XX ”, explica Filipe Correia.
O trabalho de investigação ainda está em desenvolvimento e “poderá vir a ser publicado”, garante Luís Filipe Araújo. “Gondomar tem história e merece ser contada. Quando tivermos mais resultados há a possibilidade de fazer uma publicação em papel sobre este estudo”, refere o autarca.
Domingo, 29 de junho:
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Douro Run / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]
A 1.ª D’Ouro Run Gondomar iria pôr cerca de 2200 pessoas a percorrer a estrada marginal do concelho. Para a corrida estava preparado um percurso de 15 quilómetros e para a caminhada um traçado de cinco quilómetros.
D’Ouro Run juntou milhares a correr e caminhar junto ao rio
Na manhã de domingo, a Estrada Nacional 108 estava cortada ao trânsito. No ponto de encontro, junto ao parque de estacionamento da bomba de gasolina, os participantes da 1.ª D’Ouro Run juntavam-se para uma aula de zumba. O exercício serviu de aquecimento e animou os cerca de 2200 inscritos no evento.
Sandra Brandão, vereadora responsável pelo pelouro do Desporto do Município de Gondomar, participou na caminhada de cinco quilómetros, com “vontade de participar na corrida”.
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Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]
“Atingimos e superamos a meta de ter aqui 2000 pessoas. O nosso desejo era fazer uma prova com futuro e que pudesse ser repetida nos próximos anos, porque queremos promover o desporto, o turismo e a convivência social”, disse ao Vivacidade.
O sinal de partida foi dado por Marco Martins. O presidente do Município de Gondomar deixou passar os atletas da corrida de 15 quilómetros e integrou a caminhada de cinco quilómetros até à Avenida da Foz do Sousa. “A nossa ideia é promover o concelho e colocar Gondomar no mapa. Temos todas as condições para repetir esta prova todos os anos e é esse o nosso objetivo”, referiu o autarca, acompanhado por Rosa Mota, campeã olímpica de maratona nos Jogos de Seul, em 1988. A ex-maratonista foi madrinha da prova no dia em que completou 56 anos.
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Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]
“Ter a Rosa Mota a apadrinhar a prova foi muito significativo para nós”, confessou Carlos Ferreira, responsável pela EventSport, entidade organizadora do evento.
Já a pensar em 2015, o organizador fez “um balanço muito positivo” da primeira edição e reforça a “vontade de todas as partes” para manter a iniciativa, com o objetivo de “alargar o percurso para 20 quilómetros”.
No final, subiram ao pódio Sérgio Rodrigues e Sónia Fernandes, vencedores da D’Ouro Run, nas categorias masculino e feminino, respetivamente. Rosa Mota também foi brindada com um galardão de mérito.
Entre os meses de setembro e outubro vão ser plantadas as árvores angariadas com o valor das inscrições dos participantes. “Ainda não temos data certa, nem sabemos a região da plantação, mas só nessa altura finalizamos a nossa missão”, concluiu Carlos Ferreira.
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Rosa Mota, campeã olímpica de maratona em Seul 1988“Foi uma ótima maneira de passar mais um aniversário. Adoro estar com gente à minha volta e esta prova teve muita gente a participar, por isso espero que continuem a organizar a D’Ouro Run”[/caption] [caption id="attachment_2564" align="alignleft" width="150"]
Tó Neves, treinador de hóquei em patins do FC Porto“A prova realizou-se num excelente local. Gosto de correr para manter a forma física e gostei deste percurso da D’Ouro Run”[/caption] [caption id="attachment_2563" align="alignleft" width="150"]
Sérgio Rodrigues, vencedor masculino da 1.ª Douro Run Gondomar“É sempre bom sair vencedor. Sou atleta amador mas levo isto a sério e espero renovar a minha vitória no próximo ano. O percurso é muito bom”[/caption]
