Leonor Oliveira, Santiago Barqueira e Maria Soares foram vice-campeões europeus, na taça da europa, em patinagem. São gondomarenses e, apesar das diversidades, conseguiram atingir este patamar com persistência e resiliência. Estivemos à conversa com os três jovens.
Como surgiu a paixão pela patinagem artística?
Leonor Oliveira: Foi na Noite Branca, há oito anos. Fui experimentar e gostei.
Santiago Barqueira: Fui ver um treino de patinagem, gostei e comecei a praticar. Estou na patinagem há 4 anos.
Maria Soares: Tinha uma amiga na patinagem que me disse para experimentar e gostei. Este ano vim para o Fânzeres. Estou na patinagem há 4 anos. Como estava à procura da vertente solo dance e como a minha treinadora conhecia treinadores do Fânzeres viemos experimentar e fiquei cá.
Que outros títulos já conquistaram?
Leonor Oliveira: Já foi vice-campeã nacional de patinagem de dança. Já tínhamos sido campeões nacionais, vice-campeões. E já fiquei no pódio sem ser em pares.
Santiago Barqueira: Na competição masculina é mais fácil obter prémios, mas mais importante foi o campeonato que mencionou a Leonor.
Maria Soares: Fui vice-campeã nacional em patinagem artística e em terceiro lugar no distrital.
Qual é a diferença entre a patinagem artística e patinagem solo dance?
A primeira é mais associada aos saltos e peões a solo dança é uma patinagem mais coreografada.
Quantas vezes treinam por semana?
Seis vezes por semana, treinamos, praticamente de segunda a sábado, e se for preciso até ao domingo.
Antes de falarmos da experiência propriamente dita, conseguiram angariar os fundos necessários para a concretização da viagem?
Sim, conseguimos patrocínios, porque além de termos vendido pulseiras, colares, fizemos uma página do Instagram para os donativos, participamos na Noite Branca de Gondomar, outros clubes de patinagem também ajudaram. Fizemos umas rifas e conseguimos atingir o valor necessário para ir.
Como foi a experiência na Suíça?
Foi uma experiência única e, acima de tudo, foi divertido. Estávamos a representar o nosso país. Como atletas foi enriquecedor.
A prova foi por clubes, a federação não comparticipava, mas de certo modo foi a representar a seleção também.
Nós temos de competir em curto ou em longo e nós competimos em longo. Em dança temos duas danças obrigatórias, para o ano temos uma style. Mas lá fizemos só uma dança livre.
Já tinham perceção que seria possível serem vice-campeões europeus?
Já íamos com a expectativa de alcançar algum lugar no pódio, mas foi ao último momento que tudo se decidiu porque na patinagem tudo é incerto. Competimos com outro casal português. Já tínhamos competido, anteriormente, com eles e sabíamos que era difícil.
Quais são os objetivos para o futuro?
Para o próximo ano já somos cadetes e podemos ir ao campeonato da europa e para nós esse é o primeiro objetivo: irmos ao campeonato da europa.
Há algum agradecimento que queiram fazer?
Aos nossos treinadores, aos nossos familiares e a todos os que nos apoiaram, aos patrocínios. E, principalmente, uns aos outros porque uns sem os outros não estávamos lá.