Francisco Laranjeira preside, desde o dia 16 de outubro, a Junta de Freguesia de Baguim do Monte. Ao Vivacidade, confessa-se orgulhoso dos primeiros meses de trabalho e aponta alguns dos projetos que espera ver concluídos este ano.
Há cerca de um ano, anunciou a sua candidatura à Junta de Freguesia de Baguim do Monte nas eleições autárquicas de 2017. O que o levou a tomar essa decisão? Apresentei essa candidatura porque fui desafiado a preparar um projeto para Baguim do Monte. Houve consentimento dentro do partido e entre os cinco candidatos possíveis, todos assinaram a aprovação da minha candidatura à Junta de Freguesia.
Tive também o apoio de Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, do presidente da Comissão Política Concelhia do PS, Luís Filipe Araújo, e do meu antecessor, Nuno Coelho, bem como do partido, por unanimidade e aclamação.
Contudo, antes dessa unanimidade partidária em torno da sua candidatura chegaram a existir cinco possíveis candidatos à Junta de Baguim do Monte. O que os levou a mudar de ideias? Para clarificarmos esse assunto, basta dizer que o socialista que foi candidato pelo Movimento Independente "Valentim Loureiro" [Joaquim Figueiredo] assinou a aprovação da minha candidatura, sem qualquer negociação. Tanto ele, como o número dois do anterior executivo de Baguim [Joaquim Fernando Silva].
Depois disso, procurei convidá-lo [Joaquim Figueiredo] para o meu executivo, porque fazia parte do executivo anterior. Esse convite foi aceite, mas três semanas depois veio pedir-me uma verba, referente às ajudas de custo [cerca de 500 euros]. Eu não aceitei essa proposta e ele foi-se embora.
Regressando à campanha eleitoral, o que se propunha fazer pelos baguinenses? Cada presidente tem as suas ideias para a comunidade. O meu antecessor foi um bom presidente, mas estava mal assessoriado pelo seu executivo. Cada vez mais, tenho constatado isso mesmo.
Estou a procurar implementar algumas mudanças e já temos trabalho desenvolvido, por exemplo, no cemitério de Baguim do Monte. Procuramos reduzir a taxa de enterro das pessoas de Rio Tinto, eliminei as taxas de floreiras e lampiões, entre outras medidas. Além disso, as pessoas já podem remir as suas campas e podem ter campas perpétuas. Temos cerca de 1000 campas vazias, por isso podemos fazer essas alterações.
Que balanço faz dos primeiros meses de governação na Junta de Baguim do Monte? Julgo que a população está muito satisfeita. Intervimos em diversas ruas, fizemos um gradeamento e melhoramos os jardins do cemitério, as escolas estão a levar uma revisão geral, a Rua Padre Domingos Baião já está em execução, tal como a Rua Neves Casal, que vai levar passadeiras alongadas.
É importante que os baguinenses percebam que pedi à Câmara de Gondomar que cabimentasse cerca de 1,4 milhões de euros para a nossa freguesia. Esse valor foi cabimentado.
Esse acordo é resultado de um atraso de Baguim do Monte face aos outros territórios do concelho? Baguim do Monte esteve esquecido durante a presidência do Major Valentim Loureiro. Desafio qualquer um a dizer-me o que foi feito durante esse período, nomeadamente na mobilidade. E veja-se o que o executivo de Marco Martins já fez por Baguim.
O executivo socialista está sensibilizado para a degradação das vias em Baguim, daí esse grande investimento nas ruas.
O Largo de São Brás é também um dos projetos que apresentou aos baguinenses. O que pensa fazer nesse espaço? Será um espaço que vai ser intervencionado em 2018. Temos que acabar com o trânsito caótico daquele espaço central. Vamos ampliar a área verde daquele espaço e aumentar o espaço de festas. Vamos também tentar criar o máximo de espaço possível para estacionamento.
Neste momento, o Largo de São Brás não é um verdadeiro centro cívico, por isso temos que o dotar dessa capacidade.
Em que fase está a construção do Centro de Saúde de Baguim do Monte? Está em fase de acabamentos. É uma obra que se deve em grande parte ao Nuno Coelho e deverá ficar pronta ainda este mês. Vai ser uma valência muito grande nesta freguesia e é muito ansiada em Baguim do Monte.
Está também prevista a criação de uma Unidade de Cuidados Continuados na Escola Básica de Torregim. Será uma mais-valia para a freguesia? É um projeto de grande importância. Inclusivamente, posso dizer que pressionei a direção da Cruz Vermelha Portuguesa para que isso acontecesse. É necessário que o projeto seja rápido e que arranque nos próximos dois anos.
Na última reunião pública do executivo municipal, realizada em Baguim, alguns baguinenses apresentaram um abaixo-assinado para que o Polidesportivo do Crasto não fosse entregue à Casa do FCP de Rio Tinto. A Junta, como entidade gestora daquele espaço, confirma a cedência do mesmo a esta coletividade? Há um acordo feito pelo meu antecessor. Os acordos estão feitos e têm que ser cumpridos. O espaço não vai ser cedido à coletividade, será apenas uma parte do horário disponível porque há falta de espaços desportivos no nosso concelho.
Da sua parte, há total confiança nos compromissos assumidos com a Câmara Municipal de Gondomar? Sem dúvida, tenho total confiança nos compromissos assumidos com a Câmara de Gondomar. O PS tem o lema 'palavra dada, palavra honrada' e é esse lema que quero seguir.
Em 2021, o que espera dizer no final deste mandato? Ainda estou a começar o meu mandato, mas tenho a certeza que vim para este cargo para ser feliz e fazer os baguinenses felizes. Eu sou uma pessoa que prefere o contacto direto e procuro contactar com eles e deslocar-me aos locais para resolver os problemas. Essa é a minha forma de atuar.