O SC Rio Tinto continua a enfrentar más condições no que respeita a estruturas físicas que permitam o bom funcionamento das suas escolas de formação. O VivaCidade esteve à conversa com Jorge Madureira, presidente do SC Rio Tinto, que nos revelou que, apesar de o contrato para a construção do complexo desportivo estar assinado e das obras arrancarem “no máximo em janeiro ou fevereiro”, o clube terá ainda “dificuldades neste ano e meio em termos de estruturas para a formação”.
“Estes problemas estruturais estão-nos a criar problemas para nós resolvermos, principalmente o problema original que é o complexo. Os problemas físicos do campo da ferraria estão de ano para ano mais danificados, estamos mesmo no “fio da navalha” lá em cima porque as condições são deploráveis. Estamos a pintar a ferraria, estamos a dar algumas condições de balneário, mas nunca podemos fazer muita coisa. Nós ali estamos muito limitados”, confessou Jorge Madureira.
O presidente do SC Rio Tinto, que já esteve à frente do clube entre 2012 e 2014, fala de um projeto que já se arrasta há 18 anos. “Quando nós viemos para aqui, a solução era imediatamente fazer o campo de treinos e colocar aqui toda a estrutura, o que não foi conseguido”. No entanto, Jorge Madureira mostrou-se positivo e afirmou que se tem de “ir atrás daquilo que é o futuro e o presente”. “O projeto pelo menos agora está aprovado. O presidente da Câmara está em cima do assunto e neste momento as coisas já estão a andar para a frente e com serenidade”, referiu.
Para Jorge Madureira, uma das soluções possíveis neste ano e meio de espera para a Academia do SC Rio Tinto, passaria pela a ajuda da Câmara “a nível da estrutura de Valbom para dar algumas condições a nível de espaço”.
Ao nosso jornal, o presidente do SC Rio Tinto, revelou em primeira-mão que têm cerca de 40 atletas para o futebol feminino. “Estamos a crescer imenso no futebol feminino e não vamos parar isso. O SC Rio Tinto, nos próximos dois, três anos vai ter futebol feminino num patamar elevado”. Uma vez mais surgem as dificuldades a nível de estruturas e condições, mas Jorge Madureira admitiu falar com a Câmara em busca de um espaço que surja como alternativa para encaixar o futebol feminino, para “não dar muitos problemas no relvado”, já que o mesmo não leva intervenções nenhumas desde 2012.
“Temos uma Academia muito forte, a Academia cresceu também bastante, faltam as estruturas físicas. Estão muito à porta, mas até lá temos que ser ajudados para que as coisas se rentabilizem”, finalizou Jorge Madureira com este pedido.
Para Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, o avanço das obras para a construção do complexo desportivo do clube trata-se de uma “questão de justiça”. “O SC Rio Tinto é o segundo maior clube do concelho, falando pelas divisões onde jogam, e ter o Complexo Desportivo com o campo sintético para a formação, onde vai permitir que mais de quatro centenas de jovens consigam treinar e consigam ter a sua formação em condições aceitáveis, parece-me a mim uma questão de justiça e portanto, acho que a Câmara finalmente faz justiça num clube como o Sport Rio Tinto”, concluiu o autarca riotintense.