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Entrevista Daniela Himmel: "Não temos pagamentos em atraso"

[caption id="attachment_674" align="alignleft" width="199"]Daniela Himmel, vereadora na Câmara Municipal de Gondomar / Direitos Reservados Daniela Himmel, vereadora na Câmara Municipal de Gondomar / Direitos Reservados[/caption]

Psicóloga de profissão, Daniela Himmel entrou para a Câmara Municipal de Gondomar como vereadora em 2005. Fruto de uma desistência da lista de Valentim Loureiro, nesse ano. Daniela Himmel veio a assumir, em 2007, os pelouros de Planeamento e Gestão Financeira da Câmara, Obras Particulares - que deixou em 2009 - acumulando, neste mandato a divisão de contabilidade e a secção de compras. Para além do cargo de vereadora na Câmara, Himmel é atualmente administradora da Lipor.

Que balanço faz deste último mandato como vereadora responsável pela divisão de contabilidade, compras e planeamento e gestão financeira da Câmara Municipal de Gondomar? O balanço que faço deste mandato é francamente positivo. Numa altura em que vemos as dificuldades financeiras com que imensas câmaras se debatem, é um orgulho verificar que, devido ao rigor que sempre implementámos na gestão da Câmara, temos uma situação financeira sólida – que nos possibilitou executar os projectos que tínhamos planeado, mantendo, assim, o rumo de desenvolvimento do Município. Podemos comprovar esta solidez através do pagamento a todos os nossos fornecedores nos prazos que acordamos. Não temos pagamentos em atraso. Mesmo em termos de Passivo, este poderia ser metade do que é hoje se não tivéssemos herdado uma dívida enorme à EDP, do tempo da gestão do Partido Socialista, renegociada quando o Major Valentim Loureiro assumiu a liderança do Município – e que temos pago pontualmente e nos termos acordados.

Tendo em conta os departamentos que assumiu, qual é para si o maior legado ou obra que deixa para o/a próximo/a vereador/a? Neste mandato, para além da responsabilidade no Planeamento e Gestão Financeira da Câmara, tive entre, 2007 e 2010, a responsabilidade do Pelouro das Obras Particulares. Neste departamento, das Obras Particulares, o maior legado que deixei – que considero ser aquele que os Gondomarenses sentiam como o mais necessário – foi implementar um sistema de organização e controlo dos serviços que levasse ao cumprimento dos prazos de decisão dos os novos processos que entravam na Câmara. No Pelouro Financeiro, e de acordo com a política sempre implementada pelo Major, o maior legado que considero deixar é uma situação financeira robusta, alicerçada num extremo rigor na gestão dos dinheiros públicos, por forma a que estes sejam utilizados da forma mais eficiente possível. O rigor e o perfeccionismo fazem parte da minha maneira de ser, em tudo o que faço. Sei que isso é reconhecido por todos que trabalham comigo, quer dentro da Câmara quer, por exemplo, na Lipor (onde fui Administradora).

O que ficou por fazer? Deixamos uma organização eficiente, quer de planeamento, quer do controlo de todos os procedimentos nas áreas que liderei. No entanto, considero que, com a colaboração de todos, a nível do planeamento a longo prazo, ainda se pode ir um pouco mais longe. Embora, como estamos sempre a sofrer alterações legislativas que influenciam directamente as câmaras e que não estão muitas vezes previstas, possa tornar-se difícil esse planeamento.

“Pagar a 21 dias” [a fornecedores da Câmara] é uma das bandeiras deste mandato. Foi um objetivo traçado por si ou pelo presidente? O pagamento a 21 dias não foi um objectivo mas sim o resultado de uma gestão equilibrada. O rigor na gestão, como disse, foi sempre uma máxima deste Presidente. Penso que, quando me escolheu para liderar estes pelouros, o fez porque considerou que eu teria o perfil e as competências necessárias para executar este seu objectivo.

Sente-se orgulhosa por ter cumprido esse objetivo? Fico muito orgulhosa de verificar que conseguimos, porque embora liderando, este objectivo foi conseguido com o envolvimento de todos.

Como gostaria de ver o seu trabalho a ser continuado? Gostava que mantivessem este rumo de gestão rigorosa, eficiente, que possibilite a continuidade do desenvolvimento sustentado de Gondomar. Era uma pena, depois destes cerca de 20 anos em que houve um grande investimento na recuperação do atraso em que Gondomar se encontrava (e efectuado de uma forma responsável), viesse agora um executivo e estragasse todo o trabalho que já foi feito. Implementámos uma política no funcionamento da Câmara de consciencialização de todos de que os dinheiros públicos são de todos nós e que é nossa obrigação utilizá-los com responsabilidade – para não comprometermos as gerações futuras. É muito fácil fazer promessas. Mas as pessoas responsáveis sabem que não podemos fazer tudo o que queremos. Temos de fazer escolhas e verificar quais são as prioridades, decidir o que é mais importante e, depois do rumo traçado, tudo fazer para concretizar esse projecto. Foi isso que fizemos em Gondomar.

Considera que este mandato foi o fim de um ciclo ou o início de um novo ciclo em Gondomar? É impossível não compreender que o Major Valentim Loureiro vai ser um marco para sempre na história de Gondomar. Muitas pessoas têm dificuldade em compreender que esta ligação entre o Major e os Gondomarenses é uma ligação muito afectiva. Sinto quase como se de uma grande família se tratasse. Quando alguém com este carisma termina funções, por imposição legal e não por vontade dos Gondomarenses, há sempre uma sensação de perda. No entanto, os Gondomarenses têm a hipótese, com o Dr. Fernando Paulo, de ter uma certa continuidade nesta forma de estar na política, centrada nas pessoas e na resolução dos seus problemas, pondo o interesse dos Gondomarenses como a sua única prioridade, de uma forma séria e competente. Poderá ser, se os Gondomarenses assim quiserem, a continuidade do ciclo de modernização e desenvolvimento de Gondomar. O Dr. Fernando Paulo é uma pessoa experiente, já deu provas inequívocas que é capaz de continuar este projecto de progresso do concelho – como se pode ver nos pelouros que lidera, como por exemplo na Educação e na Área Social, que são um exemplo no país.

Ao longo destes quatro anos, como foi evoluindo a relação com os vereadores da oposição? É justo afirmar que com o aproximar das eleições, a oposição está mais ativa? A minha relação com os Vereadores da Oposição foi sempre relativamente boa, baseada no respeito mútuo e, em alguns casos, senti até algum afecto à medida que nos íamos conhecendo melhor. Relativamente ao estarem mais activos nesta altura, é algo que já estava à espera.

[caption id="attachment_675" align="alignleft" width="199"]Daniela Himmel, vereadora na Câmara Municipal de Gondomar / Direitos Reservados Daniela Himmel, vereadora na Câmara Municipal de Gondomar / Direitos Reservados[/caption]

A acusação de eleitoralismo por parte da oposição, relativamente ao Programa Idade +, é justa, na sua opinião? Já o disse em Reunião de Câmara, a alguns Vereadores da Oposição, que é uma pena que ponham os interesses dos partidos à frente dos interesses dos Gondomarenses. Como dissemos, não fazemos despesas para as quais não temos verbas – e o ano passado tivemos que fazer alguma contenção de despesas porque o Governo nos devia mais de 10 milhões de euros e não sabíamos quando iam regularizar a situação. Neste momento temos disponível, nos bancos, mais de 13 milhões de euros! Pelo que podemos retomar todos os programas que sempre temos vindo a implementar, e este programa é um de entre muitos que vindo a realizar. Se temos os recursos e é um dos programas que a câmara faz que os Gondomarenses mais desejam, não é por ser ano de eleições que devemos deixar de fazer. Mesmo que saibamos que isso possa ser utilizado pela oposição para fazerem demagogia.

Foi fácil ser vereadora de um executivo de Valentim Loureiro? Para mim foi um orgulho trabalhar num executivo liderado por um líder tão carismático como é o Major. Admiro muito a sua forma de estar na política. É competente, objectivo, frontal! Mesmo nas situações mais difíceis é perseverante e é extremamente exigente, o que nos ajuda a dar sempre o máximo de nós. Isto tudo complementado por uma lado muito afectivo e humano, que se vê na forma muito próxima como se relaciona com todos munícipes.

Porque decidiu não integrar as listas de Fernando Paulo à Câmara de Gondomar? Eu acredito profundamente no Dr. Fernando Paulo e no seu projecto para Gondomar. Ele tem o meu apoio inequívoco. Acho que é, sem sombras de dúvida, o candidato mais competente para liderar a Câmara. Não integrei as listas porque senti que era altura de retomar o projecto de vida que deixei quando assumi estas funções políticas. Ficarei eternamente grata a Gondomar e aos Gondomarenses pelo apoio que deram à minha família nos momentos muito difíceis que passámos. Embora não seja de Gondomar, sinto que criei aqui raízes e que me irão ligar para sempre a esta terra de pessoas com um verdadeiro coração de ouro.

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