Caros leitores,
Editorial de maio de 2014, absolutamente atual e hoje ainda mais pertinente:
A comunicação social presta muito pouca atenção às eleições europeias. Tem deixado que alguns candidatos e os respetivos partidos as tentem transformar numa espécie de referendo popular à visão que o povo tem do governo da nação. Ou seja, fugindo de um propósito claro e simples que é o objetivo destas eleições: os eleitos representarem o nosso país no Parlamento Europeu.
O Governo e os ministros mais mediáticos também têm lidado mal com isto.
O que teria sido do nosso país se não fosse estarmos inseridos no Euro e na Europa nos últimos anos? É que as pessoas sentem no seu bolso que ganham menos. Há tantos casos de pessoas tão prejudicadas com as duras medidas que o resgate financeiro impôs. Mas é preciso sabermos continuar a dizer onde estão os culpados e continuarmos a explicar que se fosse noutros tempos, era a inflação que resolveria o assunto e escondiam-se assim os nossos problemas. Com o Euro isso não é viável nem possível.
Perderíamos mais dinheiro com uma inflação galopante; mas essa perda não era tão evidente e direta como quando eu sei que ganho menos 100 euros ou que pago mais 100 euros de imposto. Se fossem escudos, hoje o nosso escudo valeria muito menos do que os 200,48 escudos que valeu cada Euro na conversão, pois os nossos governos teriam deixado que uma inflação galopante resolvesse o problema de ter que fazer cortes e ter que aumentar impostos. Era muito mais fácil ganhar eleições assim….
Nunca foi tão importante como hoje votar. Votar é mostrar as nossas escolhas e as nossas opções. E escolher nas eleições Europeias não parece difícil, dada a qualidade dos discursos dos candidatos e a qualidade relativa das listas que se apresentam a votação.