Os Executivos PS na Câmara Municipal e na Junta de Freguesia de Fânzeres e São Pedro da Cova tem demostrado um silêncio absoluto relativamente ao desenrolar e desfecho do processo-crime relativo à deposição de resíduos perigosos da Siderurgia Nacional em S. Pedro da Cova.
Após duas décadas de denúncia deste grave crime ambiental e dos sucessivos executivos da CDU na Junta de Freguesia terem insistido quanto à necessidade no apuramento de todas as responsabilidades face ao risco da prescrição do processo, assim como na urgência da remoção total dos resíduos perigosos, este processo judicial com vista ao apuramento de responsabilidades legais sobre a deposição de resíduos perigosos nas antigas escombreiras de São Pedro da Cova prescreveu sem o real apuramento dos responsáveis por esta atrocidade ambiental.
Vão ficar por esclarecer as questões da perigosidade dos materiais depositados e as suas consequências que possam daí resultar para toda a população.
Outro facto importante, que tanto o executivo PS/ Marco Martins - na C.M. Gondomar, Sofia Martins/ PS na J.F. de Fânzeres e São Pedro da Cova - optaram por ignorar é a descoberta de mais resíduos perigosos, que apesar de já terem alocadas as verbas, pode significar um novo adiamento da conclusão dos trabalhos de remoção destes resíduos.
Este eterno suceder de precalços, imprevistos e más soluções, vem infelizmente, dar razão às preocupações da CDU, apontando a necessidade de se manter a pressão para que este problema se resolva, mas também de olhar para o futuro e definir o que será aquele espaço depois da remoção dos resíduos.
Não chegam as promessas do “vai ficar tudo bem”. É preciso ir para além da propaganda e definir, planos, prazos e elementos concretos. É à CMG que cabe o papel de avançar com a definição do programa e projeto de reabilitação e respetiva calendarização, incluindo a população, os agentes locais, bem como as forças políticas eleitas, na definição do futuro deste espaço.
Mas é preciso também que o novo executivo de Sofia Martins/PS na Junta não se furte às suas responsabilidades nesta matéria e ignorando o património de intervenção de décadas desta instituição, correspondendo às aspirações e expectativas da população destas freguesias quanto à resolução deste problema e exigência de soluções concretas ao município. É isto que se espera deste executivo, não o silêncio e conivência com a passividade da C.M.Gondomar.
Para a CDU a culpa não pode morrer solteira, nem a situação pode ficar indefinida.
Continuaremos a intervir e a lutar para garantir para que a remoção integral dos resíduos perigosos seja finalmente concluída, o espaço requalificado e devolvido à população e para que os responsáveis políticos não fiquem impunes.■