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Dicionário PORTOguês-Inglês: Os “cámones” já não têm desculpas para perceber o calão tripeiro

[caption id="attachment_5204" align="alignleft" width="300"]Apresentação Dicionário de Portoguês-Inglês O livro foi apresentado no Café Progresso, no Porto / Foto: Direitos Reservados[/caption]

João Carlos Brito, Ana Cruz e Cristina Vieira Caldas são os autores do Dicionário PORTOguês-Inglês. O glossário dirigido aos “cámones” e aos tripeiros reúne cerca de 1000 expressões típicas da cidade Invicta e descodifica-as em inglês literal e corrente.

Expressões como “Andar sempre ó tio, ó tio” e “Boa como o milho” são habitualmente utilizadas pelos portuenses e dificilmente compreendidas pelos turistas que visitam o Porto. Traduzidas literalmente dariam expressões como “To walk always oh uncle, oh uncle” e “As good as corn”, respetivamente, mas para inglês perceber, o Dicionário PORTOguês-Inglês, obra dos autores e professores João Carlos Brito, Ana Cruz e Cristina Vieira Caldas, residentes em Gondomar, descodifica-as no “slang” – calão inglês – como “At sixes and sevens” e “Eyepopper”, expressões de fácil compreensão para os estrangeiros.

“Este livro vem no seguimento de um anterior ‘Lugares e Palavras do Porto’, que saiu em julho de 2014. Há portanto todo um trabalho anterior. Achei a ideia interessante, falei com a Ana e a Cristina e a nossa ideia foi apresentar um produto divertido e que tivesse uma componente de investigação séria. O dicionário está elaborado em quatro colunas com uma entrada em português, a tradução literal, a explicação em inglês e o ‘slang’”, explica João Carlos Brito.

As expressões vão desde temáticas como a culinária, aos elogios, piropos, traços de personalidade e expressões sexuais, selecionadas pelos três autores.

“Tivemos a preocupação de escolher as mais engraçadas e carismáticas do Porto. Começamos pela tradução literal que originou expressões muito engraçadas, mas o mais difícil foi encontrar a tradução em calão inglês. Ainda nos sobraram 29 expressões que não conseguimos encontrar correspondência”, afirma Cristina Caldas, professora de inglês.

Os autores lidaram ainda com uma dificuldade adicional, a inexistência de bibliografia, que obrigou a um trabalho de investigação “sério e rigoroso digno de uma tese de mestrado ou doutoramento”, segundo João Carlos Brito.

Já Ana Cruz, professora reformada, salienta “a quantidade de expressões que os ingleses têm para definir uma mulher feia”, uma das curiosidades descobertas na investigação do Dicionário PORTOguês-Inglês.

Entretanto, o livro para portuenses e estrangeiros curiosos anda a “laurear a pevide” “nas principais livrarias do país”, desde o lançamento oficial, a 24 de julho, no Café Progresso, no Porto.

 

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