A Cooperativa Cultural Arco do Bojo juntou três bandas, no dia 20 de outubro, para assinalar o 20.º aniversário da sua fundação. Ao Vivacidade, Paulo Araújo, responsável máximo da associação, faz um balanço das duas décadas de atividade.
O grupo 100 Sentidos, o Arco do Bojo e a Elite Band juntaram-se, no Largo São Brás, em Baguim do Monte, para homenagear os 20 anos da Associação Cultural Arco do Bojo. Os concertos, protagonizados por dezenas de músicos das três bandas, foram gravados ao vivo e vão dar origem a um DVD que será comercializado em breve.
Questionado pelo Vivacidade, Paulo Araújo, fundador e presidente da cooperativa, mostra-se lisonjeado com a iniciativa que juntou "músicos, amigos e conhecidos desta família baguinense". Quanto às duas décadas de atividade, admite que a cooperativa, que surgiu na sequência do grupo musical Arco do Bojo, foi fundada para dar resposta a uma "necessidade de constituição legal", mas rapidamente deu origem a uma "vontade de fazer mais pela Cultura, além da música tradicional portuguesa".
"A Cooperativa Cultural Arco do Bojo patrocinou a fundação da Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho à moda de Baguim do Monte, fundou a banda 100 Sentidos, tem uma escola de música [ComCordas] e chegou a organizar o concurso de cascatas sanjoaninas de Rio Tinto", acrescenta Paulo Araújo. Para o mentor da cooperativa, a associação cultural veio acrescentar valor à freguesia de Baguim do Monte e divulgar o nome da terra que os viu nascer fora de portas.
Recentemente, por ocasião do 33.º aniversário da Junta de Freguesia, a coletividade foi brindada com a chave de uma das salas da Casa da Cultura, no edifício da antiga Escola EB1 de Baguim do Monte.
"O novo espaço vai permitir-nos melhorar a nossa atividade e armazenar os nossos materiais. Contudo, acho que falta dar o próximo passo e avançar para a criação de um museu etnográfico que preserve a nossa memória e as tradições da nossa terra", desafia Paulo Araújo.