Os grandes centros urbanos como é o caso dos concelhos ao redor do concelho do Porto, ainda sofrem de vários problemas de inclusão, como é disso exemplo a discriminação contra pessoas LGBTQ+ que ainda acontece na maior parte dos concelhos.
Desde sempre que existe um êxodo rural por parte de pessoas LGBTQ+ das periferias ou cidades do interior para as grandes cidades como Porto ou Lisboa de modo a fugirem não só em alguns casos da descriminação das suas famílias, mas também dos seus pares nas escolas e nas suas áreas de residência. Apesar de isto ser um trajeto conhecido e replicado ao longo de algumas décadas pela comunidade LGBTQ+, a verda- de é que não tem que ser assim. As pessoas têm o direito a viver nos locais em que nasceram e escolheram para viver e tem que haver alguma segurança para isto poder acontecer.
Se a nível nacional existe uma evolução no que toca aos direitos LGBTQ+ com o acesso a direitos e leis que criminalizam ataques homofóbicos existe muito ainda por fazer a nível local para ajudar as pessoas LGBTQ+ em risco, não só a nível físico, mas também para mitigar o sofrimento mental que muitas destas pessoas, especialmente os mais jovens sofrem no dia a dia.
É necessário que cada concelho consiga entender qual o risco real que esta população sofre no seu dia a dia, que abra centros de abrigo para pessoas em risco de ficarem desalojada por situações de descriminação e que se promovam campanhas a nível escolar de prevenção e combate a situações de homofobia e transfobia.
São necessários concelhos mais inclusivos e educados nestas questões de modo a construirmos um futuro melhor não só para as pessoas LGBTQ+ mas para todas as pessoas que habitam nestes lugares. ■