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Clube Naval Infante D. Henrique: “O F.C. Porto do remo”

[caption id="attachment_2747" align="alignleft" width="300"]Clube Naval_treino Os atletas do Clube Naval Infante D. Henrique treinam diariamente no rio Douro[/caption]

Na margem direita do rio Douro, em Gramido, Gondomar, existe um clube de remo em crescimento. O Clube Naval Infante D. Henrique nasceu em 1925 e começou com barcos de madeira depositados em hangares velhos. Hoje é um dos maiores clubes a nível nacional e encaminha-se para ser tricampeão nacional de remo.

Para quem é portista, Ildeberto Ribeiro, presidente do Clube Naval Infante D. Henrique, gosta de comparar o clube de remo que dirige com o F.C. Porto. Isto claro, ao nível das classificações porque a modalidade desportiva em nada se compara com o futebol. O remo, diz o presidente, “é o único desporto em que o atleta corre sempre de costas para a meta.”

O Naval Infante D. Henrique “tem agora uma visibilidade que nunca teve”

Nas palavras de Ildeberto Ribeiro, o clube começou a crescer na década de 70. “Foi o clube que introduziu o remo feminino em Portugal!”, refere. Com o programa Polis, a Câmara precisava do terreno que pertencia ao clube. “Tivemos uma oportunidade de ouro para a criação das novas instalações”, explicou Ildeberto. As novas instalações têm vista privilegiada para o rio Douro e encontram-se em linha com o passeio onde, diariamente, circularam milhares de pessoas, em Gramido. Edificado para servir o clube de remo, o novo edifício alberga no piso superior um restaurante e um bar, assim como a parte social do clube. No rés-do-chão, um hangar de grandes dimensões acolhe algumas dezenas de barcos para o remo de vários tipos e origens. Alguns skiff [barcos de um remador], uns double-scull [barcos de dois remadores], quadri-scull [barcos de quatro remadores] e shell [barcos de oito remadores] compõem o conjunto de barcos que servem para os treinos diários e, posteriormente, as competições. Um Shell, segundo o presidente do clube, poderá custar 40 mil euros e cada um dos remos, 50 euros aproximadamente. É, por isso, um desporto “dispendioso”.

[caption id="attachment_2751" align="alignleft" width="300"]CN - Placas As novas instalações têm vista privilegiada para o rio Douro[/caption]

Para além do hangar, há ainda uma oficina, na parte traseira do edifício, que se dedica à manutenção e reparação de novos e antigos barcos. Também no piso de baixo, o Infante D. Henrique possui todas as condições para a prática do remo: um ginásio, uma sala com dois tanques e vários ergómetros [para treinos no interior] e balneários. Com as novas condições o clube cresceu, atingindo agora os 220 atletas para os escalões de infantis e benjamins, iniciados, juvenis, juniores, seniores e veteranos. “A nossa ambição é que o clube seja cada vez maior”, explica o presidente Ildeberto Ribeiro. O objetivo é “chegar aos mil sócios” mas o problema, segundo o dirigente, é que “o remo não tem divulgação”.

[caption id="attachment_2752" align="alignleft" width="300"]CN - Presidente Ildeberto Ribeiro, presidente do Clube Naval Infante D. Henrique, e Nuno Coutinho, treinador do Clube.[/caption]

Quase tricampeões nacionais

Comparados pelo presidente com “o F.C. Porto” do remo, o Clube Naval Infante D. Henrique encontra-se numa posição privilegiada no panorama nacional. Tendo sido campeões nas duas épocas passadas, o futuro do clube de Gondomar avizinha-se “de boas perspetivas”. Ilberto afirma mesmo: “há uns anos atrás éramos um clube pobre, sem equipamentos e hoje em dia somos forte em equipamentos e resultados desportivos. Este ano, se tudo correr bem, seremos tricampeões nacionais.” Nuno Coutinho é treinador do Infante D. Henrique há seis anos. Nesta época, dedica-se aos escalões de formação mas já esteve ligado este ano a juniores e seniores femininos. “No ano passado, com os seniores, várias tripulações alcançaram as primeiras classificações e uma tripulação feminina foi campeã nacional. O Shell 8 alcançou também as medalhas”, explica. O sucesso, esse deve-se “ao trabalho dos atletas e a sua disponibilidade e o que o clube tem disponível como material físico”, refere o treinador. O maior inimigo do remo, para Nuno Coutinho, é o vento. Sendo o remo um desporto de equilíbrio as ondas, provocadas pelo vento, dificultam a prática do desporto. Mas o vento não é o único causador das ondas no rio Douro. “O rio é cada vez mais navegável e isso é um problema”, adverte Nuno Moutinho. Com ou sem ondas, mas sempre “quando as condições de segurança estão asseguradas”, os atletas do Clube Naval Infante D. Henrique treinam diariamente no rio Douro para alcançarem os primeiros lugares nas tabelas classificativas nacionais.

[caption id="attachment_2745" align="alignleft" width="300"]Clube Naval O clube atingiu os 220 atletas[/caption]

SABIA QUE... A origem do Remo como prática desportiva em Portugal terá tido o seu início na segunda metade do século XIX. Até essa data, o seu exercício estava reservado aos profissionais, sendo contudo conhecidas disputas entre embarcações de transporte de passageiros e entre as guarnições dos navios da Armada Real, as quais despertavam o interesse de multidões que afluíam às margens e aplaudiam com entusiasmo.

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