O Centro Social de Soutelo iniciou a obra do novo centro geriátrico. Daniel Vieira – Coordenador geral do Centro Social de Soutelo contou-nos sobre este projeto.
O Centro Social de Soutelo vai ter um novo espaço, um centro de dia. No início da obra colocaram a cápsula do tempo, em que consiste?
É uma ação meramente simbólica, a colocação da cápsula do tempo, tem a ver com a com a construção do novo centro geriátrico, o novo centro de dia que está a ser construído aqui ao lado do nosso edifício principal. É um dos grandes investimentos que está a ser feito pelo centro social de Soutelo. É um projeto que visa dar resposta a 156 novos utentes, atualmente temos já um centro de dia, centro de convívio, apoio domiciliário, para além das respostas de creche, pré-escola e de vários projetos de intervenção comunitária, candidatamo-nos, no âmbito do PRR, a construção de um novo equipamento e foi aprovado.
Em Gondomar só há dois projetos que estão albergados pelo PRR que é o nosso e o Lar São Francisco de Assis. Estamos a falar de um investimento nesta obra, se tivermos em conta, além da obra, todo o equipamento necessário, fiscalização, etc, to de quase 2 milhões de euros. Contudo pelo PRR só foi adjudicado a parte do edifício, avaliado em 1 milhão e 419 mil euros, e o PRR apoia em 1 milhão e 100 mil euros com a majoração entretanto aprovada, também. O Município já deliberou um apoio na ordem de 200 mil euros, o restante é garantido pelo Centro Social e Soutelo, que será angariado de diversas formas.
Qual é o propósito da criação deste novo edifício?
É um novo edifício que nasce, na continuidade deste, que terá uma resposta que nós já dispomos, quer do centro do dia quer do apoio domiciliário, vamos ter uma maior capacidade de resposta, porque está identificado que na Freguesia de Rio Tinto que há um aumento do número de idosos e um envelhecimento da população. Exige também uma maior resposta social. A ideia não é transpor a resposta que já temos, mas sim aumentá-la. É um aumento de resposta à cidade de rio tinto, mas não só, a todas as freguesias limítrofes. Porque além destes ainda temos outro edifício em Campanhã, gerido por nós, mas num edifício diferente.
O que é que as pessoas podem esperar deste local?
Que seja mais moderno, arrojado e, também, estamos a trabalhar numa espécie de evolução no tipo de resposta que damos. Queremos que a resposta dos centros de dia e os espaços para os idosos, deixe de ser uma resposta padronizada, e nós também caímos neste estilo, mas queremos dar uma resposta noutra dimensão, que seja um centro de dia, dinâmico. Os nossos idosos já têm aqui essa dinâmica, com a ida à piscina, ginástica, hidroginástica e queremos preservar esse dinamismo.
O novo edifício é só para idosos?
Sim. Foi aprovado e foi nesse sentido que foi criado.
Como é que pretendem angariar fundos para efetuar o pagamento do restante valor?
Os apoios que tivemos do PRR e da Câmara Municipal são fundamentais e imprescindíveis para esta obra, mas não são suficientes. Portanto não cobrem a totalidade da obra, estamos também com uma linha de contactos e estamos inseridos em várias iniciativas do Município, vamos promover convívios, e contactos com empresas, de modo que contribua para o resto de valor que falta. É um esforço que a instituição está a fazer. A construção de edifício precisará de mais 30 pessoas, o que será desse ponto de vista uma mais-valia no contexto em que estamos e, portanto, queremos ter esse contributo da comunidade. Pedimos à comunidade o que lhes damos. Queremos que a obra esteja pronta até final de 2025.
Sandra Felgueiras, presidente do Centro Social de Soutelo, também falou connosco sobre este novo projeto.
A cápsula do tempo é uma coisa simbólica, é uma campanha de angariação de fundos junto da população. Hoje vão ser cheias as primeiras sapatas de betão no edifício, e numa dessas sapatas vamos colocar uma caixa com mensagens das nossas crianças, idosos atuais, para ficar enterradas debaixo do edifício. É um alicerce, como se o edifício nascesse dali. A nossa ideia é dar um contributo para um alicerce seguro, do ponto de vista de enraizamento na comunidade, de projeção. Significa darmos um primeiro passo, enterramos uma séria de memórias e mensagens para a geração futura. O centro social de Soutelo faz 50 anos para o ano, queremos que daqui a 50 continue a crescer, e temos a certeza de que quando a encontrarem, vão perceber que durante muitos e muitos anos esta instituição viveu de sonhos e irão concretizá-los.
Este edifício é é um novo centro geriátrico, centro de dia, centro de convívio e apoio domiciliário. O centro social de Soutelo surgiu como apoio à infância. Com os anos percebemos que a população mais velha estava com falta de respostas aqui em Rio Tinto e começamos a dar respostas que estão agora em instalações provisórias há muito tempo, temos muita lista de espera e muitos pedidos, por isso tornava-se urgente fazer esta obra. Este centro de dia já é procurado pela diferença pelas atividades que faz, desde as estimulações cognitivas, as atividades culturais, música, convívio intergeracional. Serão 156 vagas, 70 centro de dia e 86 em apoio domiciliário.