“Aprendi que a privacidade é um bem precioso”
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A época de final de ano é já também, para muitos, sinónimo do final de alguns programas televisivos como os reality show. Em Portugal, a Casa dos Segredos (versão portuguesa do reality show francês original Secret Story) estreou em 2010 e assumiu-se como um dos programas televisivos mais vistos dos últimos tempos. E foi precisamente na primeira versão deste programa que Catarina Monteiro, riotintense de gema, participou. Ao Vivacidade, a ex-concorrente traça um perfil da sua vida atual e revela alguns ‘segredos’ do famoso programa televisivo.
Entrou para a Casa dos Segredos com 20 anos, em 2010. Passados três anos, o que mudou na sua vida? Provavelmente, o que lhe vou responder a essa pergunta, vai parecer um clichê aos olhos da maior parte das pessoas – porque só quem passa por esta experiência poderá compreender – mas sem dúvida que a maior mudança é a que perdura no tempo. Hoje sou uma pessoa mais assertiva e confiante, o que contrasta com a enorme insegurança que eu tinha aos 20 anos. Profissionalmente, segui um percurso completamente normal: assentei ideias, procurei oportunidades e hoje exerço uma profissão que adoro.
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Esteve cerca de mês e meio na casa mais vigiada do país e viveu por dentro essa experiência. Alguma vez se arrependeu de ter participado? Nunca. Se voltasse atrás e a minha vida tivesse os mesmos contornos voltaria a fazê-lo porque, nessa altura, não tinha nada a perder. Adorei o meu grupo e a minha edição [da Casa dos Segredos] mas se reformular a pergunta e perguntar se eu participaria atualmente respondia-lhe que não, sem hesitar. Na fase em que me encontro, jamais daria mão da minha privacidade e do meu emprego e nem poria em causa a estabilidade familiar.
Para si, a Casa dos Segredos é um jogo ou uma novela? Na edição em que participei [a primeira] era-nos incutido que o programa era um jogo e o objetivo principal era descobrir o maior número de segredos possível e guardar o nosso religiosamente. Atualmente, acho que o programa se parece mais com uma novela.
Enquanto esteve na casa, representava também a imagem de Gondomar. Tentou transmitir uma boa imagem do concelho? Não, nunca pensei que representava a imagem de Gondomar porque o nosso concelho tem grandes personalidades que o fazem melhor do que eu, como o nosso presidente, Marco Martins. Mas claro que tentei dignificar e transmitir uma imagem boa das pessoas do concelho e principalmente da freguesia de Rio Tinto onde nasci, cresci, vivo e trabalho. É a minha terra de coração.
“Acho que o programa se parece mais com uma novela”
Desde a sua participação tem acompanhado as edições seguintes do Secret Story? Acompanhei a segunda edição com grande curiosidade. Queremos sempre saber o que se segue, o que muda, quem são as pessoas. Acompanhei a terceira, de uma forma mais distanciada mas achei o princípio da decadência e isso confirmou-se agora com a quarta edição, onde só acompanhei mesmo a estreia.
[gallery type="slideshow" size="medium" ids="2883,2884,2881,2879"]Que diferenças encontra da primeira edição para a quarta edição? Imensas! Penso que a produção fez um bom trabalho ao nível das estruturas. Arranjou novas formas de entretenimento, alterou algumas regras e introduziu novas vertentes que dinamizam o programa. No entanto, para contrabalançar, a qualidade dos concorrentes é péssima.
Como foi a sua vida depois da fama que o concurso lhe trouxe? Normalíssima. Ao início, a fama é engraçada e é surreal a forma de como as pessoas nos tratam, como se estivéssemos num pedestal, mas depois torna-se chato e saturante. Aprendi que a privacidade é um bem precioso.
A sua vida privada e dos seus familiares chegou a ser explorada pela imprensa cor-de-rosa? Sim.
“Rio Tinto é a minha terra de coração”
Como lidou com essa situação? Muito mal. Sei que foi da minha responsabilidade ter concorrido mas confesso que, quando o fiz, não tinha grandes preocupações em relação à imprensa porque tive um percurso linear. Nunca fiz nada que me envergonhasse e apesar de ter passado por um ou outro episódio familiar menos bom, o facto é que todas as famílias os têm. Ninguém está preparado para ler mentiras e histórias inventadas sobre a nossa pessoa.
Em que projetos trabalha atualmente? Trabalho numa empresa de mobiliário e decoração, a BSInteriores, que está no mercado já há 16 anos. A empresa apostou agora em Rio Tinto e eu estou bastante satisfeita por representá-la.
Continua a ser reconhecida, três anos depois? Sim, ainda vai acontecendo. Dizem que a minha cara não lhes é estranha. Eu aproveito e brinco com a situação.