Desporto Fânzeres e S. Pedro da Cova

Carla Martins é campeã de trail

Carla Martins é natural de São Cosme e mora em São Pedro da Cova. Já conhecida pelos inúmeros prémios na dança, agora é um dos prodígios gondomarenses no trail. Venha conhecê-la.

Como começou o seu percurso no trail?

Numa fase inicial comecei a participar em corta-matos na escola. Quando estava nessa fase escolar e o professor dizia que tínhamos de correr à volta do campo, não sentia essa disciplina, rigor e tão pouco, correr à volta da pista me cativava. O que era certo é que chegava às provas de corta-mato escolar e ficava sempre no pódio. O professor até ficava admirado porque não me esforçava muito e tinha sempre uma boa posição. O trail entrou na minha vida como uma forma de escape, como sempre gostei do contacto com a natureza ia par ao meio dela e fazia caminhadas, ficava horas. 

Quando sentiu que isto podia ter outra proporção na tua vida?

Sempre tive ligada ao associativismo na parte da dança, em Foz de Sousa. Mas nesta vertente do atletismo, comecei a participar em algumas caminhadas, até organizadas pela Câmara Municipal de Gondomar em que, também, estive inserida em alguns projetos. Houve uma altura que me lesionei e tive de parar.  Só regressei na altura do Covid e levei mais a sério. 

Treina em algum clube ou é independente?

Estou no Clube de Atletismo Run River, onde sou vice-presidente da Assembleia Geral, temos várias parcerias como a Câmara Municipal de Gondomar e a Junta de Rio Tinto, embora precisemos de uma sede, porque estamos a treinar no pavilhão da escola do Monte da Burra. Aproveito para dizer que o clube necessita de uma pista para treinar, que apesar de haver a de Valbom, não é em Alcatrão, o que não é muito apropriado. A da Escola onde treinamos também não, mas dá para fazer alguma coisa. 

Em que consiste uma competição de trail?
Os trails costumam ter algumas vertentes como: o trail longo, curto e uma caminhada. Antes da prova há uma altimetria com fitas, marcações, para que seja mais fácil para os participantes se orientarem. É muito intuitivo. Quem gosta de trail como eu, é mais fácil. 

O que a faz gostar do trail?
É sem dúvida o contacto com a natureza. Atualmente está mais virado para a competitividade, mas há um sentido de apoio, em que as pessoas têm o cuidado de dar a mão e apoiar. Porque correr em trilhos é complexo. São coisas técnicas. É uma prova dura. Não são corridas fáceis, tem de se ter uma técnica especifica e conhecê-la. 

Como vê esta adesão em massa da população a este desporto?

Fico muito contente com isso. Noto que após o covid as pessoas começaram a aderir mais ao desporto, querem estar no convívio e sair da rotina. Todas estas polivalências aliadas à saúde são fortes motivos para esta adesão em massa ao trail. 

Quais são os seus objetivos nesta modalidade?

Lesionei-me em outubro e tive parada dois meses, estou em recuperação para voltar aos treinos. O ano passado fui campeã em trail curto, e agora estou a caminho de ser campeã novamente. Estou a participar nos mesmos circuitos, apesar de mais limitada, e de participar apenas em 6 estou à frente no campeonato. Este ano o meu objetivo era participar no campeonato mundial de montanha, mas não vai ser possível, devido aos custos elevados, porque é em Agosto, em Itália.

Há algum título que pretenda destacar?

Fiquei em terceiro lugar na Corrida de São Silvestre em Gondomar e por ser a minha terra sempre tive este sonho de chegar a um lugar no pódio. Venci o trail de Santa Iria. Fiquei em segundo lugar numa prova em Cinfães. Tenho alguns títulos, mas os que quero referir são estes de circuito, que é onde estou a competir para a distrital e para o meu clube. 

Como é que se prepara para as provas?

Há sempre uma preparação física e alimentar tendo em conta a complexidade das provas. Foi uma coisa que fui aprendendo ao longo do tempo. A nível de alimentação tenho algumas restrições. Mas se tiver de comer uma francesinha, por exemplo, como sem problemas, o importante é alimentar. O plano de treino tem de conciliar com o trabalho apesar dos horários são incertos, tanto treino de manhã, à tarde ou à noite. Ainda tenho um plano de reforço. É importante, a alimentação, o descanso e o reforço. 

Tem apoios financeiros?

Da federação não recebemos muito apoio. Tenho alguns apoios do meu pai e pertenço a uma agência de modelos, que me fornecem alguns equipamentos. O Clube Run River apoia-me no pagamento das provas. 

Há algum agradecimento que queira fazer? 

À minha família, porque me acompanham em tudo, nunca pensei que ficassem tão felizes e me reconhecessem. Um especial agradecimento ao senhor Carlos do Run River, que é ele que me incentiva e dá força, bem como aos meus colegas que me puxam para cima. 

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