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Bruno Pacheco: “Sabemos que os gondomarenses estão atentos ao nosso trabalho”

[caption id="attachment_9024" align="alignleft" width="300"]Bruno Pacheco - janeiro 2017 Bruno Pacheco, da concelhia do Bloco de Esquerda Gondomar / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]

Em 2013, nas últimas eleições autárquicas, o Bloco de Esquerda contabilizou mais de 2600 votos, número insuficiente para eleger um vereador, mas que permitiu ao partido ser representado na Assembleia Municipal de Gondomar. Agora, nas Autárquicas 2017, o Bloco quer provar que é “uma esquerda de confiança”. Bruno Pacheco, da direção do BE Gondomar, lançou o próximo ato eleitoral, em entrevista ao Vivacidade.

Que avaliação faz o Bloco de Esquerda do atual mandato? O BE faz um balanço bastante positivo. Após as eleições autárquicas de 2013, realizamos um processo de reorganização política e de reorganização da estrutura do BE Gondomar. Esse processo consistiu também uma maior preparação para as Assembleias Municipais e Assembleias de Freguesia, além de um trabalho mais permanente no terreno.

Nos últimos anos, quais foram as principais lutas do partido? Ao longo deste mandato, o BE foi um partido muito mais ativo. Foram várias as propostas que levamos às Assembleias. Procuramos bater-nos pelas questões ambientais, sobretudo da ETAR do Meiral, da ETAR de Gramido e da limpeza das florestas e das matas, entre outras.

Recordo que foi o deputado do Bloco, Rui Nóvoa, que assumiu a importância de convocar uma Assembleia Extraordinária, inédita, sobre as questões ambientais em Gondomar. Essa Assembleia contou com a participação das forças políticas, das entidades responsáveis e de um movimento de cidadãos.

A questão da mobilidade também foi uma das nossas grandes lutas, porque em Gondomar é necessário um maior acesso aos transportes.

Além disso, o Bloco é contra a exploração de trabalhadores e continuaremos a pugnar pela equidade no trabalho. É necessário denunciar alguns casos que ocorrem nas autarquias de Gondomar e o Bloco tem feito essa denuncia.

O que ficou por fazer? Consideramos que ainda há muita coisa por fazer. O executivo PS prometeu a recuperação ribeirinha e recuperação ambiental, mas Gondomar ainda tem casos como a ETAR de Gramido e a ETAR do Meiral. A empresa que gere as Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) tem que ser responsabilizada pelos danos causados no concelho, e essa empresa é a Águas de Gondomar. Aqui, o Município é responsável por fazer queixa à Agência Portuguesa do Ambiente e por denunciar o que está a acontecer.

Os contratos de prestação de serviços também nos preocupam porque sabemos que existem autarquias que se aproveitam desses contratos de trabalho precários. É necessário restituir a contratação coletiva.

A mobilidade e os transportes públicos são também uma das nossas grandes preocupações. O executivo PS fez muito pouco nesta matéria.

Sabemos que foi lançada a discussão do alargamento do Metro do Porto, mas não vemos este executivo a reclamar a expansão do metro para o centro de Gondomar. Além disso, freguesias como Jovim ficaram sem transportes públicos a partir das 20h. Isto é inconcebível, por isso ainda há muito trabalho por fazer.

Há, contudo, na opinião do Bloco, uma rotura com o passado? Por fora, este executivo parecia novo, mas tem algumas práticas semelhantes ao anterior executivo, liderado por Valentim Loureiro. Isto refletiu-se, sobretudo, na abertura de propostas à discussão pública. O deputado do BE, Rui Nóvoa, não teve oportunidade de apresentar propostas alternativas ao último Orçamento Municipal.

O BE votou contra um dos principais projetos deste executivo, o novo Plano Diretor Municipal. Porquê? Em grande medida porque consideramos que o debate público foi pouco e limitado. Para além da alteração da tipologia dos terrenos, que na 1ª proposta apresentada pelo executivo PS faziam parte da reserva agrícola e na proposta final já passam a ser considerados terrenos de construção. Muito ficou por explicar nesse processo, que ficou marcado pela falta de transparência. O Bloco teme que surja naquele espaço um complexo habitacional, que será privilegiado com a construção do Parque Urbano de Rio Tinto.

Quais são os grandes objetivos do partido para as Autárquicas 2017? O BE está neste momento a elaborar o programa político que vai apresentar aos gondomarenses nas próximas eleições autárquicas. No dia 21 de janeiro vamos reunir todos os militantes do concelho para votarmos o nosso projeto político e os cabeças de lista à Câmara Municipal de Gondomar e à Assembleia Municipal de Gondomar, além das Juntas e Uniões de Freguesias.

Queremos focar-nos nos pontos que já referi anteriormente, mas também não esquecemos o planeamento urbanístico, que é um dos grandes problemas do concelho, a ‘guetização’ dos bairros sociais e as questões patrimoniais.

Saudamos, por exemplo, a recuperação da Casa Branca de Gramido, mas é preciso fazer muito mais. Gondomar tem um grande potencial histórico e esse potencial merece ser estudado.

O que querem provar nestas eleições? Nestas eleições autárquicas o BE Gondomar quer provar que a nossa ação é importante. O Bloco teve a sua ação política, pela primeira vez, na chamada ‘geringonça’ e isso resultou em conquistas reais para os portugueses. Creio que em Gondomar ainda falta olhar para o Bloco como um partido de mudança e não só de oposição. Para isso, é preciso reforçar o voto no BE porque somos uma esquerda de confiança. Sabemos que os gondomarenses estão atentos ao nosso trabalho.

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