A menos de um ano das eleições Autárquicas 2017, o Vivacidade questionou os atuais presidentes das Juntas de Freguesia de Gondomar sobre a disponibilidade dos autarcas para eventuais recandidaturas aos cargos que ocupam. Por sua vez, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, viu a sua recandidatura aprovada pelo PS Gondomar e tornou-se o primeiro a avançar com uma candidatura no distrito do Porto.
Marco Martins: “[Candidatura] é o reconhecimento interno do PS” A Comissão Política Concelhia do PS aprovou, no dia 17 de outubro, a recandidatura de Marco Martins à presidência da Câmara de Gondomar. A decisão correspondeu a 62 votos a favor e três contra, num total de mais de 95% dos votos a favor da recandidatura.
“É o reconhecimento interno do Partido Socialista e dos seus dirigentes relativamente ao trabalho realizado por este executivo durante este mandato. Em Gondomar, o PS esteve fora do poder durante 20 anos, regressou e esta votação expressa o apoio que o partido dá à minha recandidatura”, afirma o presidente da Câmara de Gondomar.
Assim, a concelhia socialista de Gondomar é a primeira a avançar com uma candidatura no distrito do Porto, seguindo a orientação do secretário-geral socialista, António Costa, de reconduzir os presidentes de Câmara em exercício.
“Há quatro anos foi preciso conquistar o Partido Socialista, depois conquistamos a população. O que estamos a fazer é um trabalho de continuidade. Em 2013, a minha candidatura baseou-se num documento que teve mais de 1500 propostas da população, de coletividades, de instituições e de empresas de Gondomar. Hoje, esse programa está praticamente cumprido”, acrescenta Marco Martins, em declarações ao nosso jornal.
Após a reunião, a Comissão Política Concelhia do PS sublinhou que no encontro “foi destacado e elevado o nível de cumprimento do programa eleitoral sufragado em 2013 e permitiu avançar para a construção de um Gondomar melhor, mais justo e mais solidário”.
Ao Vivacidade, Marco Martins aponta a conclusão dos parques urbanos de Fânzeres, de Gondomar (São Cosme) e de Rio Tinto, a construção do cais fluvial da Lixa, o início do Parque das Serras do Porto, a remoção total dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova e a construção do intercetor do rio Tinto como prioridades para o último ano do atual mandato.
O autarca lamenta, contudo, o passivo herdado do anterior executivo da Câmara de Gondomar, que considera “a grande dificuldade deste mandato”. “É importante recordar que em três anos de mandato já liquidamos 30 milhões de euros em amortização de dívida e condenações judiciais. Imaginem se isto não fosse necessário”, aponta.
Recorde-se que o executivo liderado por Marco Martins foi eleito nas Autárquicas 2013 com 46,41% dos votos. O resultado obtido garantiu ao PS a eleição de sete vereadores em 11 possíveis.
[caption id="attachment_8240" align="alignleft" width="300"] Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]Daniel Vieira: “Neste momento é prematuro anunciar candidaturas” Questionado sobre a disponibilidade de recandidatar-se à presidência da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, Daniel Vieira, atual presidente, considera “prematuro anunciar candidaturas com um quarto do atual mandato por cumprir”.
Segundo o autarca, a prioridade “consiste em cumprir os compromissos assumidos perante as populações de Fânzeres e de São Pedro da Cova”. No entanto, Daniel Vieira admite que “não gostaria de ver o trabalho da CDU interrompido”, apesar de reconhecer “que é possível “fazer ainda melhor”. “A CDU nunca tinha gerido a Junta de Fânzeres e as pessoas deste território têm reconhecido os resultados desta gestão comunista. Contudo, penso que é possível continuarmos a trabalhar e a melhorar certos aspetos. É sempre possível melhorar”, conclui o autarca.
De acordo com o presidente da Junta da União das Freguesias, importa ainda ver esclarecido “o atual quadro das freguesias e perceber se vamos manter esta reorganização administrativa e as competências desta autarquia”.
“É necessário requalificar a rede viária, requalificar o Largo Júlio Dinis, o Largo da Igreja e a construção de uma parque na zona da Várzea, reaproveitar o rio Ferreira e revitalizar o património mineiro”, destaca Daniel Vieira.
Até ao final do mandato o presidente da União das Freguesias promete “manter-se empenhado em resolver os problemas de Fânzeres e de São Pedro da Cova com uma atividade autárquica dinâmica e ativa”.
[caption id="attachment_8241" align="alignleft" width="300"] Isidro Sousa, presidente da União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]Isidro Sousa: “O objetivo é dar continuidade a este projeto” Em Foz do Sousa e Covelo, Isidro Sousa, presidente da União das Freguesias, mostra-se “100% disponível” para continuar o trabalho realizado naquela autarquia.
“Este executivo está disponível para continuar, tal como os membros da Assembleia de Freguesias. Ainda temos muito para fazer e só se o partido não quiser que este trabalho continue é que paramos. Tudo depende da decisão do PS Gondomar”, refere o presidente da União das Freguesias.
Ao nosso jornal, o autarca socialista recorda a chegada do PS à Junta de Freguesia da Foz do Sousa, em 2005, e sublinha “o trabalho desenvolvido desde então”. “Tenho a certeza que o partido quer vincar a sua passagem por este território e dar continuidade à marca que criamos nestas freguesias. Além disso, há muita gente que gostava que eu continuasse a liderar esta autarquia”, atesta Isidro Sousa.
O presidente da União das Freguesias aponta o reforço da oferta de transporte público, a necessidade de atrair casais jovens e empresários como as prioridades para o último ano do atual mandato.
“Ainda temos muito para fazer porque Foz do Sousa e Covelo são duas freguesias muito carenciadas de obras”, conclui o autarca.
[caption id="attachment_8242" align="alignleft" width="300"] José Andrade, presidente da União de Freguesias de Melres e Medas / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]José Andrade: “Estarei disponível para continuar se o saneamento não ficar concluído até ao final do mandato” José Andrade, presidente da União das Freguesias de Melres e Medas, admite estar disponível para recandidatar-se à autarquia “caso o processo de conclusão da rede de saneamento fique concluído até ao final deste mandato”.
Ao nosso jornal, o autarca socialista mostra-se determinado a “concluir os objetivos prometidos até 2017 e dar o maior contributo à comunidade”. “As pessoas votaram pela mudança e eu continuo convicto que é possível fazer política de uma forma diferente. Não temos dúvidas que os compromissos que faltam cumprir estão ao nosso alcance, mas só faz sentido prosseguir este trabalho se tivermos os objetivos todos concluídos. Neste momento não estão reunidas essas condições”, afirma o autarca.
Entre os objetivos que estão por cumprir destacam-se a conclusão da rede de saneamento e a criação de um posto da Guarda Nacional Republicana nas Medas.
“A política tem que ser diferente. Quem tem cargos políticos deve cumprir as suas promessas e os eleitores devem ser mais exigentes connosco. Na altura em que os nossos compromissos sejam cumpridos estarei disponível para continuar a dar o meu contributo a esta União das Freguesias, mediante a escolha do Partido Socialista”, afirma José Andrade.
De acordo com o político “só faz sentido prosseguir o trabalho desenvolvido após concluir os objetivos traçados em 2013”. “É possível fazer política de uma forma diferente. Quem tem cargos políticos deve cumprir as suas promessas”, conclui.
[caption id="attachment_8244" align="alignleft" width="300"] José António Macedo, presidente da União de Freguesias de Gondomar, Valbom e Jovim / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]José António Macedo: “Tenho experiência para poder dar mais de mim a Gondomar” José António Macedo, presidente da União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim, mostra-se disponível para “continuar a servir as pessoas, independentemente da função autárquica designada pelo Partido Social Democrata”.
Em declarações ao Vivacidade, o autarca recorda os 15 anos de experiência autárquica para considerar “poder dar mais a Gondomar”. “O meu interesse é fazer evoluir o concelho e os gondomarenses precisam de mais ânimo e incentivo para poderem dizer que são deste concelho”.
Sobre o que falta cumprir no último ano do atual mandato, José António Macedo aponta a reconstrução e readaptação do edifício da antiga Junta de Freguesia de Jovim, a par de “uma série de obras de alargamento de ruas” que estão por concluir.
José Macedo aponta também a uniformização de procedimentos e a centralização do Parque Operacional da União das Freguesias como uma das medidas mais eficazes deste mandato.
[caption id="attachment_8245" align="alignleft" width="300"] Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]Nuno Coelho: “Espero iniciar novos projetos políticos a nível local, municipal ou nacional” A lei de limitação de mandatos impede Nuno Coelho de recandidatar-se à presidência da Junta de Freguesia de Baguim do Monte em 2017. O autarca socialista preside a Junta baguinense desde 2005 e, questionado sobre o futuro, mostra-se apto para continuar na vida política ativa.
“Após o último dia de mandato espero iniciar novos projetos políticos a nível local, municipal ou nacional, porque não sei viver sem uma participação ativa na política. Vivo em Baguim e Gondomar é a minha terra, por isso vou ficar por cá”, garante o autarca ao Vivacidade.
Desta forma, Nuno Coelho espera que o Partido Socialista “continue a presidir a Junta de Baguim com uma gestão profícua para a comunidade”. “Vou assegurar-me que aquilo que foi construído em Baguim vai ter continuidade, nomeadamente o apoio social e as obras que realizamos. Além disso, vou lançar a primeira pedra do Centro de Saúde de Baguim do Monte e vou estar cá para ver a obra concluída”, refere o militante socialista.
Até ao final do mandato Nuno Coelho espera ver concluído o processo de requalificação do Polidesportivo do Crasto, a cedência da EB 1 de Baguim à Junta de Freguesia e a criação da Academia Associativa de Baguim do Monte, assim como a criação de quatro parques infantis em “locais estratégicos da freguesia”.
Ao nosso jornal, Nuno Coelho lança o desafio ao sucessor na presidência da Junta de Baguim. “Quem governar Baguim terá que ter uma lógica de continuidade”, finaliza.
[caption id="attachment_8246" align="alignleft" width="300"] Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]Nuno Fonseca: “Estou disponível para continuar na Junta de Rio Tinto” Em Rio Tinto, Nuno Fonseca quer dar continuidade ao trabalho iniciado em 2013. O presidente da Junta de Freguesia está disponível para continuar o atual projeto que, segundo o socialista, “evidencia uma mudança e um movimento maior na freguesia”.
“Vamos cumprir quase todas as promessas até outubro de 2017. No entanto, importa referir que fomos muito além do nosso programa eleitoral e temos conhecimento que o nosso trabalho tem sido amplamente reconhecido”, afirma Nuno Fonseca.
Em vias de conclusão está o processo de certificação dos serviços prestados pela Junta de Rio Tinto e a criação de um balcão virtual, bem como a respetiva modernização dos serviços administrativos da autarquia riotintense.
“O que nos interessa é que daqui a uma década reconheçam o nosso projeto e a nossa intervenção em Rio Tinto. Fizemos um grande investimento na imagem, na identidade própria da freguesia e na identificação das pessoas à cidade. Julgo que estamos a conseguir resultados desse investimento”, conclui Nuno Fonseca.
Em vista está também uma remodelação total no edifício da Junta de Freguesia de Rio Tinto.
[caption id="attachment_8247" align="alignleft" width="300"] Rui Vicente, presidente da Junta de Freguesia da Lomba / Foto: Pedro Santos Ferreira[/caption]Rui Vicente: “A minha disponibilidade é óbvia e total” Na Lomba, Rui Vicente lidera a Junta de Freguesia desde as últimas eleições autárquicas. O socialista aponta uma “disponibilidade óbvia e total” para as próximas autárquicas, em 2017.
“Estou 100% disponível para continuar a trabalhar pela população da Lomba, caso o meu partido decida dar-me esse voto de confiança”, afirma o socialista.
“Temos sido bombardeados com processos judiciais que impedem a continuação do nosso ritmo de trabalho normal. Sabemos que estas atitudes são da responsabilidade do anterior executivo e estamos perante um caso de perseguição política. Sabemos que no próximo ano o cenário político na Lomba vai intensificar-se, mas estamos preparados”, aponta Rui Vicente.
O autarca da Lomba quer ainda ver concluídos processos como a promoção de condições de habitabilidade a casais jovens, a reabilitação da Praça Santo António, o slide sobre o rio Douro e a construção de quatro salas multifuncionais para os jovens da freguesia.
“Não podemos abandonar o barco a meio. Neste último ano de mandato vamos obter resultados mais visíveis do trabalho desenvolvido até hoje. Além disso, montamos uma máquina que vai dar grandes passos no segundo mandato”, conclui.