
O Clube Atlético de Rio Tinto sagrou-se vencedor da Série 1 da 1ª Divisão da Associação de Futebol do Porto (AFP). A conquista do campeonato garante ainda a subida à Divisão de Honra na próxima época.
O Atlético de Rio Tinto terminou a temporada no trono da Série 1 da 1ª Divisão da AFP. Os 61 pontos alcançados nos 30 jogos disputados, deram o título ao Atlético, objetivo que fugia há várias épocas.
A distância de dois pontos para o segundo classificado, o Perosinho, adiou a festa até à última jornada, diante do São Félix da Marinha, que saiu derrotado por 3-1, no Parque Desportivo Fernando Pedrosa.
"Festejamos este título com grande alegria. Ficamos todos radiantes com esta conquista histórica e estamos agora a um pequeno passo de outro título, o de campeão desta divisão, constituída por duas séries", afirma António Taveira, presidente da direção do clube.
Ao Vivacidade, o dirigente admite que "sempre acreditou na conquista do título", tendo em conta as prestações na 1ª e 2ª voltas do campeonato.
Quem nunca desistiu do sonho foi o experiente treinador, Luciano Simões. O mentor do grupo pegou na equipa na época anterior e converteu os 60 golos sofridos em 60 golos marcados, com uma nova atitude dentro e fora de campo.
"Encontrei uma equipa muito descrente no final da época passada. Sofríamos muitos golos e estávamos a atravessar uma fase muito complicada para conseguirmos a manutenção. Felizmente alcançamos esse objetivo", recorda Luciano Simões.
Assim, no início desta época o técnico respondeu ao desafio lançado por Adriano Jesus, diretor desportivo do Atlético de Rio Tinto, e apontou baterias à conquista do campeonato e respetiva subida de divisão.
"A atitude mudou e começamos a ganhar, graças a este grupo fantástico. Nesta época demos seguimento ao trabalho que estávamos a realizar, fizemos algumas contratações cirúrgicas e alcançamos o nosso objetivo", refere o treinador principal, sem esquecer o "importante apoio dos adeptos".
Da bancada para o banco e depois para a relva, a palavra final vai para os atletas que deram corpo à vontade de vencer do Atlético de Rio Tinto. O capitão, Fábio Costa, viu um sonho tornar-se realidade, volvidas duas décadas dedicadas ao clube riotintense.
"Sou jogador deste clube há 20 anos e para mim, desportivamente, foi o dia mais feliz da minha vida", afirma, emocionado, o defesa-central de 33 anos.
Para os mais novos, Jardel e Rui Peneda, ponta de lança e extremo-esquerdo, respetivamente, o título resulta de uma época marcada pela "união, trabalho e sacrifício".
"Estão aqui muitas horas de treino e dedicação de todos nós. Queríamos muito ficar na história deste clube e isso refletiu-se em vitórias. Agora queremos ser ainda melhores e sabemos que na próxima época o campeonato será ainda mais exigente, mas estamos preparados para o desafio", conclui Rui Peneda.
O Atlético de Rio Tinto aguarda agora pela calendarização da liguilha que decidirá o campeão das séries 1 e 2 da 1ª Divisão da AF Porto.
Direção e treinador em sintonia para a próxima época Ainda não está preto no branco, mas a continuidade do técnico principal Luciano Simões na próxima época parece ser certa. Ao Vivacidade, o treinador e o presidente da direção confirmaram estar em sintonia sobre o projeto do Atlético de Rio Tinto, dando sinais que há condições para renovar por mais um ano.
Grupo feliz com a conquista do título António Taveira, presidente: "Festejamos este título com uma grande alegria. Todos ficamos muito satisfeitos com esta vitória"
Luciano Simões, treinador: "Este grupo deu sempre o máximo pela conquista deste título e isso é muito importante de registar"
Fábio Costa, central, 33 anos: "No início da temporada ninguém diria que íamos ser campeões. À medida que o campeonato ia decorrendo começamos a acreditar neste sonho"
Jardel, 19 anos, avançado: "A união, trabalho e sacrifício foram os segredos para o sucesso, com grande mérito do treinador. Estivemos sempre confiantes e demos sempre o nosso melhor ao longo da época"
Rui Peneda, 21 anos, extremo-esquerdo: "Sermos campeões foi um sonho concretizado. Poucos acreditavam, mas o grupo sempre achou que era possível, porque o balneário esteve sempre unido"