Concelho de Gondomar Sociedade

Associação de Dadores de Sangue de Gondomar celebram 30 anos

A Associação de Dadores de Sangue de Gondomar comemorou 30 anos, numa fase em que as dádivas de sangue e de medula óssea têm vindo a decrescer, estivemos à conversa com Vítor Freitas, presidente da associação.

Qual é o balanço que faz dos 30 anos da Associação de Dadores de Sangue de Gondomar?

O balanço dos 30 anos é bastante positivo. Nos primeiros anos, digamos nos primeiros 20, foram anos de crescimento no âmbito de colheitas e dádivas. Na última época tem sido uma altura de decréscimo.

Como é que justifica esses valores terem decrescido? 

 A quebra demográfica. Temos cada vez menos jovens e mais idosos, quando já atingem a idade de dádiva de sangue, os dadores têm de se aposentar e com o decréscimo de jovens, não há um substituto para esse que se aposenta. Por cada 10 que se aposentam, temos 2 novos dadores. 

Sente algum receio por parte dos mais jovens para doarem sangue?

Acho que isto tem um pouco a ver com o carácter do jovem e, também, pela influência que têm no mundo exterior, da família, dos amigos, aquela impressão e medo da dádiva de sangue. Claro que quem tem receio, mas alguma vontade aparece, quem tem medo mais vale não aparecer, porque, a pessoa está apavorada para dar sangue e depois contagia outras pessoas que têm mais receio. 

Na doação de medula também nota esse decréscimo?

Funciona de forma diferente. Quando temos um apelo de alguém que precisa de um transplante nas redes sociais ou na comunicação social, através de outras formas de divulgação, se a pessoa é de Valbom, por exemplo, as pessoas de Valbom aderem em massa e vão fazer o rastreio. 
As doações de medula, não é bem uma doação, é uma tipagem que depois vai para uma base de dados internacionais. Se for compatível contacta o senhor para ver se se quer deslocar até ao local onde tem o doente que é compatível, pode ser em Portugal ou não.

Sente que as doações de medula óssea só acontecem em situações de necessidade extrema?
É um pouco isso. Por vezes nós temos de explicar que a pessoa que necessita de medula óssea, precisa também de transfusões de sangue, e até pode ter um dador compatível, mas se não tiver sangue que o aguente até chegar à fase do transplante e durante esse percurso, torna-se mais difícil.  

Há situações que são um pouco tristes quando há uma criança em risco, por exemplo, que necessita de uma doação de medula, aparecem 200/300 pessoas para doar para essa criança, mas como está registado a nível internacional e é chamado para outra doação a pessoa não quer. 

Os dados comparativos a 2023 e 2024 mostram esse decréscimo nas doações? 

A tendência tem sido de decréscimo, nos últimos 10 anos. 

O que pode ser feito para combater o decréscimo das dadivas de sangue?

Acima de tudo cativar os jovens, que são eles o futuro da dádiva de sangue, a aderirem. O facto de haver mais rigor na triagem também justifica o decréscimo de doações, porque antigamente um dador com um problema que não influenciasse era dador, e agora não. As viagens são um fator muito grande, porque viaja-se muito e as pessoas vão a vários países, que por vezes têm um vírus e as pessoas já não podem doar durante um determinado período, de modo a eliminá-lo, para que a dádiva seja segura. 

Quais são os objetivos futuros?

Tentar sempre estar aqui para responder às necessidades que houver a nível de sangue. Antigamente precisava-se de mais sangue nos hospitais, mas com a evolução da medicina, da ciência, da tecnologia, muitas cirurgias ou muitos tratamentos já conseguem ser feitos sem uma transfusão de sangue, mas continua a ser necessário.  Normalmente no inverno há uma quebra nas doações, porque as pessoas estão mais propícias a estar doentes e isso acaba por diminuir o número de pessoas que vêm, e no verão na altura das deslocações. São os períodos mais críticos. 

O que é preciso para se doar sangue e medula óssea?

Para doar sangue tem de ter no mínimo 18 anos até aos 66, com mais de 50 kg. No caso da medula óssea é dos 18 aos 35 anos.

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